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Clubes cearenses se adaptam ao momento tenso que vive o Estado
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Clubes cearenses se adaptam ao momento tenso que vive o Estado

Com escolta ou recomendação para jogadores dividirem um mesmo carro, clubes se adaptam ao momento
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[FOTO1]O futebol tem certas peculiaridades e uma delas é ficar alheio, na maioria das vezes, aos problemas cotidianos. É raro ver a alteração de partida ou da rotina de clube por problemas externos à sede.

O momento que o estado do Ceará vive atualmente, com atenção especial para a Capital, no entanto, começa a adentrar a bolha do mundo da bola. Já foram nove dias consecutivos de ataques a ônibus, viadutos, órgãos públicos e agências bancárias e um pequeno reflexo disso se nota no dia a dia de alguns clubes cearenses.

[SAIBAMAIS]No Fortaleza, por exemplo, os dias tensos impactaram os deslocamentos diários da delegação da sede ao Centro de Treinamento Ribamar Bezerra, em Maracanaú. O ônibus que transporta jogadores e comissão técnica só deixa o Pici se uma viatura da Polícia fizer a escolta. Para chegar lá, o veículo passa, por exemplo, pela entrada do bairro Bom Jardim, onde a incidência de ataques é alta.

"Quando não dá para vir de ônibus, nos viramos, mandando jogadores de táxi ou de Uber. Alguns vem de carro particular, se preferirem", explicou o executivo de futebol do Fortaleza, Sérgio Papellin. A alternativa de transportar os jogadores por grupos foi a única existente, já que o clube não cancelou ou mesmo alterou o horário de treino. Além disso, é impossível levar os trabalhos para a sede tricolor, que passa por reformas para se tornar um centro de excelência.

Quanto ao local em si, o dirigente não vê problemas. "Aqui nós temos os seguranças do clube e o pessoal tem um respeito maior com clube de futebol", disse.

No Ceará, que concentra os treinos na sede, em Porangabuçu, a situação inspira menos cuidados. Não houve qualquer alteração na rotina, segundo a assessoria de imprensa, muito embora a segurança nas dependências do clube tenha sido reforçada.

Apesar da informação oficial, o técnico Lisca disse ao jornalista Marcel Rizzo, que assina blog no portal UOL, que há orientação para os jogadores dividirem carros entre três ou quatro profissionais, de forma a chegarem em grupos.

O POVO questionou também se o momento tenso vivo no Estado tem atrapalhado nas negociações para contratação de jogadores para Ceará e Fortaleza. Dirigentes de ambos negaram que seja empecilho.

Sobre a realização de partidas, Papellin disse que o Fortaleza ainda não se debruçou sobre o assunto, uma vez que só mandará jogos no fim do mês. Por parte do Ceará, que joga no Castelão na próxima quinta-feira, 17, a resposta foi sucinta: "Torcemos para que a situação se normalize".

 

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