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Castelão dos clubes
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Castelão dos clubes

| Gestão compartilhada | Ceará e Fortaleza devem dividir administração do estádio com a Sesporte até o segundo semestre de 2019, quando vencedora de licitação assumirá
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A partir de hoje, o Castelão está oficialmente sob gestão do Governo de Estado, diante do fim do contrato licitatório vigente até então. A situação beneficia os maiores clubes do Estado, Ceará e Fortaleza, que devem gerir o equipamento de forma compartilhada em conjunto com a Secretaria do Esporte do Estado (Sesporte).

 

A administração do estádio pode aumentar as receitas dos clubes, que teriam operação total da arena, o que inclui ainda restaurantes, bares e do estacionamento, além do gramado e arquibancada.

 

O secretário estadual do Esporte, Euler Barbosa, explica que a negociação para a gestão compartilhada com os clubes está "encaminhada". Fortaleza e Ceará já devem utilizar o Castelão como gestores do equipamento a partir dos seus primeiros jogos da temporada, em janeiro. Para cada partida, será feito contrato específico com as agremiações. Os times poderão informar quais espaços serão utilizados dos 44 bares e 26 camarotes disponíveis no estádio.

 

Como O POVO antecipou em outubro, a ideia da gestão compartilhada surgiu como cenário ideal para o período da nova licitação para concessão da arena. A previsão é que o processo seja concluído no segundo semestre de 2019. O contrato da parceria público-privada é de 20 anos.

 

Ontem, foi realizada audiência pública sobre a licitação no auditório Blanchard Girão, no Castelão, com presença de representantes de oito das dez empresas interessadas. Marcelo Paz, presidente do Fortaleza, também compareceu ao evento.

 

O mandatário tricolor defendeu que os clubes precisam ser mais bem remunerados com a nova concessão de administração do Castelão. No antigo modelo, as agremiações esportivas só tinham direito à receita da bilheteria, sem acesso a qualquer renda gerada por estacionamento, bares e restaurantes.

 

O presidente do Leão se disse impressionado com dados apresentados na audiência, como a média de consumo de R$ 15,93 por torcedor. "Pensava que era bem menos. Nos últimos quatro jogos, o Fortaleza levou 214 mil pessoas. Se multiplicar, dá R$ 3,4 milhões que não foram nada para os cofres do clube. Esse valor é muito maior do que a renda que ficou para o Fortaleza", queixou-se.

 

Para Marcelo Paz, o novo modelo deve dar maiores receitas aos clubes, porque são eles os responsáveis pela promoção do espetáculo, com segurança e logística.

 

De acordo com o secretário do Esporte, entre as orientações na nova licitação, está a prioridade para a realização de evento de futebol e manter "boas relações" com os clubes. Entretanto, Euler ressalta que a garantia da receita gerada por bares, restaurantes e estacionamento - durante 20 anos - é apenas para o vencedor da licitação. O titular da pasta sugere que os clubes participem do processo licitatório.

 

"Temos uma visão, e já passei para os presidentes do Ceará e Fortaleza, que os clubes devem compor uma empresa, uma sociedade de propósito específica (SPE), se associar a empresas que têm essa expertise e participar da licitação cheia. Afinal de contas, serão 20 anos de concessão. Pela primeira vez, temos um contrato no qual conseguimos tirar os defeitos e problemas do anterior", comentou o secretário.

 

Empresas interessadas na licitação

 

Luarenas

Lagardère

GL Events

AEG Global Partnerships

Lusoarenas

WTorre

Brio

Arena Natal

Arena Grêmio

Arena Atlético Paranaense

 

 

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