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| Planejamento | Fortaleza usou consultoria para se expandir em várias esferas. Parceria será mantida em 2019
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A bola não entra por acaso. O jargão utilizado algumas vezes em coletivas pelo presidente do Fortaleza, Marcelo Paz, nasceu de um entendimento do dirigente de que o clube deveria ser gerido como uma empresa, tendo metas a cumprir.

 

Em novembro do ano passado, logo depois de acertar a contratação do técnico Rogério Ceni - que ainda não definiu se permanece ou não no comando técnico do Tricolor -, Paz procurou uma consultoria da empresa Gomes de Matos para juntos definirem um planejamento estratégico para a temporada 2018. São 20 páginas de metas e sub-metas.

 

Depois de um estudo de cenário, com foco especialmente na Série B do Brasileiro, no qual foram analisados todos os 19 adversários que o Leão teria pela frente, cinco pontos foram estabelecidos. O primeiro e mais importante era tornar o Fortaleza um clube autossustentável.

 

Foram mapeadas 11 fontes de receita, inclusive aquelas que praticamente inexistiam, como licenciamento, e no próximo balanço financeiro, previsto para março, o clube vai aparecer em superávit pela primeira vez na história. A informação é do diretor de operações da Gomes de Matos, Arthur Lídio. 

 

"Dividimos as metas em mínimo esperado e sucesso. Já superamos o dobro do mínimo e estamos batendo 96% do considerado sucesso", explica o consultor, que afirmou não poder revelar os valores cardinais.

 

Um segundo ponto essencial era o crescimento do programa de sócios-torcedores, que acabou ficando acima da expectativa. "Estamos projetando terminar (o ano) 26% acima da meta de receita do sócio", celebra Lídio. Ele também destaca que 27% de todos os recursos que entram no Fortaleza são oriundos do torcedor oficial.

 

No tocante ao futebol, a realidade também foi melhor que a expectativa. A ideia para 2019 era ser campeão estadual e subir para a Série A, mesmo com o estudo feito pela consultoria mostrando que a folha do Fortaleza era somente a nona maior do certame. O título nacional compensou o troféu que não veio no primeiro semestre.

 

Os dois pontos finais tratavam de estrutura e satisfação dos jogadores. Quanto à parte física do Pici, apenas uma meta - melhorar a iluminação - não foi cumprida, mas hotel, campo auxiliar, fachada e demais obras foram totalmente concluídas. Com relação aos atletas, uma pesquisa aplicada constatou que há 90% de chance de eles indicarem o Fortaleza como bom local de trabalho para outros jogadores.

 

Para a temporada 2019, o Fortaleza ampliou a consultoria da empresa, que agora vai entrar também na parte comercial do clube. Dois encontros estão previstos com a diretoria para traçar metas, nos dias 4 e 11 de dezembro.

 

No Azul

 

A balanço financeiro de 2017 mostrou que o Fortaleza teve uma receita operacional líquida de R$ 23 milhões, enquanto o balanço de 2018 deverá mostrar um valor 45% maior

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