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Curinga do Pici
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Curinga do Pici

|Entrevista| Garantido no Leão em 2019, Marlon fala de suas funções táticas, estrutura e diretoria do clube
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Ele chegou ao Fortaleza com status de camisa 10, mas com a saída de Osvaldo, que foi jogar na Tailândia, acabou tendo de assumir a ponta esquerda. Rodadas depois, trocou de lado, e foi cobrir a vaga deixada por Edinho, que partira para o Atlético-MG. Na Série B, atuou também como segundo volante e por pouco não jogou improvisado na lateral esquerda.

 

A versatilidade de Marlon faz servir nele a carapuça de curinga. O meia foi um dos jogadores que mais atuou pelo Leão na Segundona e uma das peças mais importantes para o acesso e o título. Discreto, não puxou os holofotes para si, mas ainda assim ganhou elogios públicos do treinador em coletivas várias vezes.

 

"Quando cheguei foram críticas por cima de críticas, mas o Rogério apostou em mim, porque ele sabia a importância que eu tinha dentro do time", relembra Marlon, em entrevista ao Futebol do Povo, da TV O POVO. É verdade que a aceitação do meio campista de início não foi das melhores, mas a persistência dele em campo, inclusive atuando em funções diferentes, ajudou na mudança de imagem do jogador.

 

"Rogério conversou comigo, disse que sabia que eu não era um ponta direito de origem, mas que eu ia fazer aquela função até para ajudar a recompor", disse. Marlon demonstrou fôlego nessa movimentação e ainda se tornou o líder em desarmes na equipe, com 55 em 31 jogos.

 

A posição em que o jogador se diz mais à vontade é a de segundo volante, 

"Consigo marcar e chegar mais à frente", justifica. Com contrato garantido até o fim de 2019, Marlon garante, no entanto, que continuará exercendo o papel que for designado pelo técnico sem reclamar. "Eu sempre entro em campo pra ajudar o Fortaleza".

 

O jogador garante estar no melhor momento da carreira e da vida. Além de estar prestes a se tornar pai, o meia acredita em outra boa temporada no Pici, graças às atuais condições de trabalho no clube e ao bom relacionamento com a diretoria.

 

"A relação que a gente tem com a diretoria, com o Marcelo (Paz, presidente do clube), é espetacular, bem transparente e isso é muito importante pra gente e pra eles. Nas oscilações que tivemos na Série B, ele e o Rogério nos blindaram. Quando o torcedor se reuniu e foi lá (no treino, cobrar), ele disse que não precisava porque tinha o Ceni e a diretoria e conversaram com a gente em tom de cobrança, mas nada de colocar dedo na nossa cara. 

Compramos a ideia e deu certo", revela.

 

Sobre a estrutura do Fortaleza para a Série A, Marlon admite que nota diferenças para clubes como São Paulo, Palmeiras, Internacional e outros gigantes, mas ressalta melhorias constantes no Pici. "O Marcelo tá fazendo as coisas com os pés no chão, sem loucuras, então gradativamente o Fortaleza vai crescendo nesses quesitos".

 

Segundo o meia, Rogério Ceni é peça fundamental nisso. "Ele se envolve bastante em prol do clube. Quando cheguei, os campos do CT estavam muito bons, alimentação extraordinária. Ele cobra isso da diretoria para poder cobrar da gente nos jogos", analisa.

 

Excesso

 

Apesar de desempenhar um papel mais ofensivo em campo, Marlon tomou sete cartões amarelos em 28 partidas jogadas. Ele próprio considera o número exagerado

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