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A falta que faz
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A falta que faz

| Juninho Quixadá | Sem meio-campista, Ceará perde em objetividade individual e velocidade, características fundamentais para estilo de jogo do time de Lisca
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A equação é simples: sem Juninho Quixadá, o Ceará não vence. Desde que o meio-campista mais talentoso do elenco se machucou, o Alvinegro entrou três vezes em campo e somou apenas um ponto ? acumulou derrotas para Sport e Bahia, fora de casa, e empatou com o Internacional no Castelão. A vez mais recente em que o time comandado por Lisca venceu foi contra o Atlético-MG, em casa, justamente o jogo no qual Juninho Quixadá sentiu lesão no tendão do músculo adutor da coxa esquerda e foi substituído aos 20 minutos da segunda etapa.

 

Contratado para atuar após a Copa do Mundo da Rússia, o jogador foi a campo em 14 partidas pelo Ceará no Brasileirão. Com ele, o Alvinegro tem o excelente aproveitamento de 60% dos pontos ? campanha de sete vitórias, quatro empates e três derrotas. Sem ele, a realidade é quase oposta: o time conquistou apenas 28% dos pontos, com dois empates, três derrotas e um triunfo, diante do Cruzeiro.

 

E tem mais. Com Quixadá, o Vovô desenvolveu um sistema de jogo único, baseado na velocidade, objetividade e trabalho sufocante sem a bola em determinados momentos da partida. Essas características não fazem parte do repertório de Ricardinho, primeiro substituto de acordo com avaliações físicas e opção do treinador. Jown Cardona e Éder Luis, as outras alternativas, ainda não têm ritmo de jogo após período ausentes.

 

Para se ter uma noção, Juninho acerta um drible a cada 34 minutos, enquanto Ricardinho figura com um a cada 175, mostrando a diferença no quesito objetividade individual, virtude do quarteto ofensivo do Ceará ? que conta ainda com Arthur, Calyson e Leandro Carvalho. Basicamente, o ataque alvinegro de Lisca, que fez 25 dos 29 gols do Vovô nesta Série A, é movido pela qualidade individual dos atletas, enquanto Ricardinho reúne características coletivas.

 

Restando quatro embates para decidir a vida do Ceará na Primeirona ? Fluminense, Paraná, Atlético-PR e Vasco ? é importante que Lisca trabalhe seu sistema tático tentando adaptar seus jogadores ao estilo que vinha dando certo, já que a ausência de Quixadá é certa e gera impacto caso o elenco tivesse um substituto com características semelhantes. 

 

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