O Ceará sabia que enfrentar o Palmeiras fora de casa não seria tarefa fácil. Apesar disso, o Alvinegro não se intimidou diante do líder do Campeonato Brasileiro, que vinha de 14 partidas sem perder. A vitória palmeirense por 2 a 1, no Pacaembu, foi construída longe da facilidade que se apostava.
Mesmo jogando como visitante contra um time que está na semifinal da Libertadores, o Ceará foi quem trocou mais passes (386 x 228), teve mais posse de bola (62% x 38%) e finalizações (21 x 16).
Mas o Alvinegro voltou a mostrar problemas na articulação e finalização de jogadas, com dificuldades para atuar no último terço do campo. O time sentiu falta de um jogador capaz de verticalizar os passes e converter o domínio em chances de gol. Prova é que a maioria das finalizações foi de fora da área (15 das 21).
Surpreendentemente, os primeiros minutos foram de maior controle e posse do Vovô, só que aos 13 minutos um lance mudou o rumo da partida.
Edinho tocou com a mão na bola e a arbitragem assinalou pênalti que o Bruno Henrique converteu. O meio-campista também ampliou o placar aos 34, em chutaço de fora da área, sem chances para Everson.
Aos 45, a correta expulsão de Deyverson depois de entrada criminosa em Richardson deixou os donos da casa com um a menos. Fez o Ceará voltar do intervalo com ânimo renovado, mesmo com a exclusão de Lisca e do auxiliar Márcio Hahn.
A motivação ficou ainda maior quando, aos nove minutos do segundo tempo, Leandro Carvalho fez ótima jogada e cruzou na medida para Arthur mandar para o gol e apresentar seu cartão de visitas ao clube que defenderá a partir de 2019.
As entradas de Ricardinho, Ricardo Bueno e Felipe Azevedo fizeram o time ter ainda mais volume e atuação no campo de ataque. O trio, porém, não foi eficiente. Sobretudo Azevedo e Bueno, que novamente erraram bastante e até agora não justificaram suas entradas em jogos decisivos.
Tivesse um pouco mais de efetividade e poder de fogo, o Ceará teria surpreendido ainda mais e arrancado o empate. Embora não tenha sido consumado, mostrou ao torcedor que o time segue em evolução. Apesar de permanecer na zona de rebaixamento, o Vovô pode sair do Z-4 na quarta-feira, 24, quando enfrentará o Cruzeiro, fora de casa, em jogo válido pela 28ª rodada que foi adiado.
Série a 2018
Palmeiras 2
4-4-2: Weverton; Jean (Mayke), Antônio Carlos, Edu Dracena, Victor Luis; Felipe Melo, Bruno Henrique (Moisés), Lucas Lima e Hyoran (Dudu); William e Deyverson. Técnico: Felipão
Ceará 1
4-2-3-1: Everson; Samuel Xavier, Luiz Otávio, Tiago Alves, Felipe Jonatan (Ricardinho); Edinho (Felipe Azevedo), Richardson, J. Quixadá (Ricardo Bueno); Calyson, Leandro Carvalho e Arthur. Técnico: Lisca
Local: Pacaembu, em São Paulo
Data: 21/10/2018
Árbitro: André Luiz de Freitas (GO)
Assistentes: Alessandro Àlvaro de Matos (BA) e Cristhian Passos (GO)
Cartões amarelos: Bruno Henrique (P), Mayke (P), Lucas Lima (P), Diogo Barbosa (P), Hyoran (P), Samuel Xavier (C), Richardson (C)
Cartão Vermelho: Deyverson (P)
Público: 33.355 pagantes (36.323 presentes)
Renda: R$ 1.178.000