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| COCHILANDO | Defesa do Fortaleza cai de rendimento no returno e compromete a equipe na Série B. Tricolor do Pici é quem mais sofreu gols no 2º turno, com 13 em sete partidas disputadas
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A queda de rendimento do Fortaleza no 2º turno passa pelo péssimo momento vivido pelo sistema defensivo. No recorte do returno, o time comandado por Rogério Ceni tem a defesa mais vazada da Série B em sete jogos disputados, com 13 gols sofridos - um a mais do que o Paysandu, 16º do torneio. O número de vezes que a equipe teve a rede balançada já é igual ao de gols sofrido no somatório dos 19 jogos de 1º turno.

[SAIBAMAIS] 

A mudança drástica no desempenho dos defensores é sentida nos resultados e nos números. No 2º turno, o Leão faz campanha de três vitórias, um empate e três derrotas - apenas a 9ª melhor nas últimas sete partidas. A equipe não vence há três jogos e só não foi superado provisoriamente pelo CSA porque os alagoanos perderam em casa para o Vila Nova.

 

No 1º turno, o Tricolor do Pici terminou como líder isolado com 37 pontos em 19 confrontos, esbanjando a melhor defesa e o segundo melhor ataque - foram 28 gols marcados. O equilíbrio e solidez dos setores defensivo e ofensivo foram fundamentais para a arrancada na primeira metade do campeonato.

 

Entretanto, a defesa tem comprometido o time com falhas decisivas, como na última partida, diante do Criciúma. Líderes do setor, o goleiro Marcelo Boeck e o zagueiro Diego Jussani não têm passado a mesma segurança como no início da Segundona.

 

Ídolo do clube, Boeck não escapou de críticas e xingamentos após falhar no segundo gol na vitória do Criciúma. O goleiro chegou a apagar suas contas nas redes sociais horas depois da partida.

 

No returno, o Fortaleza passou a ter média de quase dois gols sofridos por jogo, bem diferente do 0,7 obtido na parte inicial da Série B. Na fase atual, o sistema defensivo tricolor leva um gol a cada 2,2 finalizações certas dos adversários. Antes, eram 4,2 chutes corretos para uma bola na rede a favor do rival.

 

O curioso é que o setor é o mesmo que atuou em boa parte do 1º turno. O goleiro Marcelo Boeck, os laterais Tinga e Bruno Melo e o zagueiro Diego Jussani são titulares absolutos no esquema montado por Rogério Ceni. O parceiro de Jussani na zaga é que variou em alguns jogos, mas Ligger foi quem mais atuou no comparativo com os outros dois defensores, Adalberto e Roger Carvalho.

 

A incidência maior de gols sofridos no 2º turno pode ser explicada pela mudança ofensiva da equipe, que passou a atuar com dois volantes - Felipe e Nenê Bonilha (Jean Patrick ou Igor Henrique) - que saem mais para o jogo e têm um menor poder de marcação. No 1º turno, Derley, marcador nato, foi titular em 13 dos 19 confrontos. Com ele no meio de campo, o Leão tinha mais intensidade para desarmar e fechar espaços.

 

A zaga tricolor tem a chance de se redimir na sexta-feira, em duelo fora de casa contra o Sampaio Corrêa, lanterna da Série B. É o adversário ideal para o setor defensivo do Leão voltar a apresentar um bom futebol e ganhar confiança na sequência da competição, tendo em vista que os maranhenses possuem o terceiro pior ataque.

 

Números

13 gol o Fortaleza sofre no returno, sendo a defesa mais vazada neste recorte

1,9 é a média de gols sofridos por partida no returno do Fortaleza

 

VEJA MAIS: FORTALEZA E A QUEDA DE DESEMPENHO DO SISTEMA DEFENSIVO | NA PRANCHETA #31

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