Na próxima segunda, 9, o Ferroviário trava a segunda parte da batalha contra o Campinense por uma vaga na Série C do Campeonato Brasileiro de 2019. No estádio Amigão, em Campina Grande, o Tubarão da Barra precisa de um simples empate para fazer história, já que venceu a primeira partida por 3 a 2. Pode parecer pouco, mas caso se torne semifinalista, o time coral vai alcançar o maior feito de seus 85 anos.
Não se trata de achismo e o historiador Evandro Ferreira Gomes, autor do Almanaque do Ferrão, assina embaixo. A justificativa está nas consequências.“O Ferroviário nunca teve um acesso nacional e será mais importante que a própria campanha na Copa do Brasil deste ano (a equipe coral chegou a 4ª fase), que foi emblemática, mas não deixa calendário”, defende Gomes. Trocar de divisão é, inclusive, a única maneira do Tubarão jogar o Campeonato Brasileiro do ano que vem, já que não garantiu vaga via Estadual.
A ascensão para a Série C, pela ótica do historiador, seria mais importante que as vezes em que o Ferroviário disputou a primeira divisão nacional, entre as décadas de 1970 e 1980. “se pegar as classificações, não foram participações muito honrosas, eram sempre da metade pra baixo”, justifica. Naquela época, campeão e vice do campeonato cearense participavam do certame nacional. O acesso para a terceirona é disputado com clubes do Brasil todo, não apenas adversários locais.
Esta é a terceira vez que o Ferrão tem chance de acesso nacional. Em 1997 e 2006, pela Série C , o Ferroviário ficou na 6º e 5º colocações respectivamente.Passar pelo Campinense será mais marcante caso o Tubarão não perca no tempo normal, o que representaria um acesso invicto, exatamente 50 anos após o time da Barra do Ceará conquistar um estadual invicto, o último cearense a conseguir tal feito.
INVICTO
Ferroviário ainda não perdeu nesta edição da Série D. Até aqui são 11 partidas, 5 vitórias e 6 empates.