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Cinco craques que brilharam em campo, mas não foram a Copas
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Cinco craques que brilharam em campo, mas não foram a Copas

LISTA. Relembre jogadores que apesar do bom futebol nunca disputaram uma Copa do Mundo
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Ser desconcertante com uma bola no pé, o melhor em uma posição, defender as cores do país e ir para uma Copa do Mundo. O caminho parece lógico, mas para alguns jogadores de futebol estar em um Mundial nunca virou realidade por maiores que fossem suas habilidades. Uma lesão dias antes, o acesso que o país não conseguiu quando o atleta atuava, questões políticas ou a vida que o jogador levava fora das quatro linhas. Os motivos são muitos e a lista dos desportistas que não tiveram a honra de jogar uma Copa é extensa.


O argentino Alfredo Di Stéfano chegou a atuar por três países (Argentina, Colômbia e Espanha) perseguindo o sonho de um Mundial. Chegou a Copa de 1962, defendendo a Fúria, mas, lesionado, nunca entrou em campo. Uma lesão no joelho esquerdo tirou o alemão Bernd Schuster da Copa de 1982 pela Alemanha Ocidental. A fama de encrenqueiro e um inexplicável ostracismo de dez anos (entre 1984 e 1994) da seleção do país natal o tirou a oportunidade de atuar em Mundiais.


O jogador mais premiado do futebol inglês pelo Manchester United, o galês Ryan Giggs, que construiu carreira na década de 1990, nunca atuou em uma Copa porque a última vez que o País de Gales conseguiu vaga no Mundial foi em 1958. O francês Éric Cantona estava fadado a ser campeão pela França em 1998. Em vez disso, cumpria uma punição por ter dado uma voadora em um torcedor neonazista.


Confira uma lista, que não pretende ser definitiva, de cinco atletas que brilharam nos gramados e não chegaram aos estádios das Copas.

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MAZZOLA


Guerra e desastres


A II Guerra Mundial foi responsável pelo cancelamento de duas Copas do Mundo (1942 e 1946) e por interromper as carreiras de jogadores. O maior exemplo deles é o italiano Valentino Mazzola, um dos principais meias da história e pentacampeão italiano. Ele morreu aos 30 anos, com todo o time do Torino em 1949 em um desastre de avião. Mazzola deixou dois filhos, Ferruccio e Sandro, que se tornou ídolo da Inter e craque da seleção italiana de 1970.

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KUBALA


Política e desclassificação


O húngaro László Kubala defendeu três seleções. Húngia, Tchecoslováquia e Espanha. Jogou por 13 anos pelo Barcelona, onde foi eleito o melhor jogador dos primeiros 100 anos do clube. A ascensão do comunismo na Hungria e o bloqueio da Fifa, retirou Kubala da Copa em 1954. Em 58, não conseguiu a classificação para o Mundial com a Fúria. Aposentado, Kubala foi técnico da Espanha em 1978.

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EVARISTO


Futebol internacional


Evaristo de Macedo, o atacante brasileiro que é o único a marcar cinco gols numa mesma partida pela seleção,além de conseguir a façanha de ser ídolo nos rivais Barcelona e Real Madrid. Por atuar no futebol internacional quando isso não era comum, Evaristo teve poucas oportunidades na Canarinho. Sua saída do Flamengo para o Barcelona o impediu de integrar o elenco na Copa de 58.

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GEORGE BEST


Irlanda do Norte fora de Copas


O norte-irlandês George Best foi eleito o melhor jogador europeu em 1967 e artilheiro do Manchester United por seis temporadas seguidas. O significado de seu sobrenome, deu origem ao ditado norte-irlandês: “Maradona good. Pelé better. George Best”. Disputou partidas pela Irlanda do Norte a partir de 1964, mas a seleção não conquistou vaga. Ironicamente, na primeira tentativa de classificação sem Best, os norte-irlandeses foram à Copa de 1982.

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GEORGE WEAH


Libéria longe de Mundiais


Weah foi o único jogador de um país africano a receber uma Bola de Ouro, em 1995. No mesmo ano, foi eleito Melhor Jogador da África. O liberiano se sagrou pelo italiano Milan, onde atuou entre 1995 e 2000. Nunca foi à Copa porque a Libéria não se classificava e ele se recusou uma naturalização. Ídolo da Libéria, o ex-jogador já foi treinador da seleção natal e foi eleito presidente do país no ano passado.

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