Logo O POVO+
Análise: com VAR e equilíbrio, Rússia-2018 é uma das Copas mais justas
Esportes

Análise: com VAR e equilíbrio, Rússia-2018 é uma das Copas mais justas

ANÁLISE. Equilíbrio entre seleções e auxílio da arbitragem de vídeo são as marcas deste Mundial
Edição Impressa
Tipo Notícia
NULL (Foto: )
Foto: NULL

Um futebol mais equilibrado e justo é a grande marca da Copa do Mundo na Rússia. A competição escancarou o nivelamento entre as seleções, fruto da globalização no esporte. Os gigantes já não conseguem dominar tão facilmente, enquanto os pequenos, sem tradição com a bola nos pés, evoluíram e mostraram como ir além.


O equilíbrio pode ser exemplificado com a chegada da Croácia, pela primeira vez, à final da Copa do Mundo. No ranking da Fifa, a seleção do leste europeu aparece na 24ª posição. Antes do início do Mundial, a equipe de Modric e companhia sequer estava no radar dos candidatos ao título.


As quartas de final da Copa evidenciam a expansão do futebol competitivo e dos times pequenos organizados. Os oito quadrifinalistas formaram o pior ranking de seleções da Fifa nesta etapa do mata-mata desde 1994. Apenas Brasil (2º), Bélgica (3º) e França (7º) estão no top-10. O restante: Inglaterra (12º), Uruguai (14º), Suécia (24º) e Rússia (70°).


A imagem do equilíbrio futebolístico fica ainda mais forte com a eliminação da poderosa Alemanha na 1ª fase, em um grupo com México, Suécia e Coreia do Sul. O Brasil não teve vida fácil com Suíça, Sérvia e Costa Rica e foi eliminado pela emergente Bélgica. A Argentina quase não passa da etapa inicial, numa chave com Croácia, Nigéria e Islândia.


Ademais, a Mundial coroou pela 4ª vez seguida um campeão da Europa. A hegemonia europeia vai completar 20 anos na Copa do Qatar.


Dentro das quatro linhas, as polêmicas envolvendo a arbitragem continuaram na Rússia, mas as injustiças diminuíram com a primeira Copa do Mundo utilizando arbitragem de vídeo (VAR). Na 1ª fase, por exemplo, o recurso foi utilizado 335 vezes, resultando numa porcentagem de 99,3% de acertos, conforme a Fifa. Sem a tecnologia, o número seria em torno de 95%. Na finalíssima, o segundo gol da França, que desempatou o confronto com a Croácia, saiu de um pênalti marcado após revisão com o VAR.

Lucas Mota

O que você achou desse conteúdo?