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Pelo menos três repórteres relatam assédios durante a Copa do Mundo
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Pelo menos três repórteres relatam assédios durante a Copa do Mundo

Edição Impressa
Tipo Notícia
Cenas de assédio, comuns na rotina de mulheres repórteres em eventos esportivos, se repetem mais uma vez na Rússia. Pelo menos três jornalistas tiveram agressões gravadas em vídeo enquanto faziam a cobertura da Copa do Mundo.

 

A colombiana Julieth González Therán, que cobre o Mundial pelo alemão Deutsche Welle, teve a bochecha beijada à força e o seio agarrado enquanto fazia uma transmissão. Depois do caso, ela se pronunciou usando o Instagram. “Não merecemos esse tratamento. Somos igualmente competentes e profissionais. Compartilho a alegria do futebol, mas devemos identificar os limites entre afeto e assédio”.


A repórter argentina Agos Larocca fazia uma entrada ao vivo antes do jogo entre Argentina e Islândia quando um torcedor islandês ameaçou interrompê-la com gracejos e foi impedido por um produtor. No mesmo jogo, um vídeo flagrou o exato momento em que dois torcedores argentinos assediam outra jornalista argentina. Ela usa o microfone e o cotovelos para impedir que os homens a beijem.


Os casos levados como “brincadeiras” por parte dos torcedores, também são corriqueiros no Brasil. Em março, a repórter Bruna Dealtry, do canal Esporte Interativo, foi beijada à força por um torcedor — o que gerou a campanha #DeixaElaTrabalhar.

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