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Na Copa, não tá fácil para time nenhum
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Na Copa, não tá fácil para time nenhum

EQUILÍBRIO. Dificuldade da seleção em jogar bem e se impor no Mundial tem sido um problema enfrentado por outros favoritos. Para especialistas, nivelamento na Copa é normal
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Na vitória por 2 a 0 sobre a Sérvia, o Brasil teve sua melhor partida na Copa do Mundo. A atuação, porém, ainda não foi das mais convincentes. Os comandados de Tite têm potencial e devem render mais. Tal preocupação, entretanto, não é restrita à seleção brasileira. Em que pese a maioria dos favoritos terem confirmado seus status na 1ª fase, o Mundial 2018 tem sido marcado por equilíbrio nos confrontos e poucos placares elásticos.


Em tempos de globalização, em que atletas de diversos países atuam nos melhores times da Europa e as comissões técnicas possuem fácil e rápido acesso a informação, é grande a quantidade de dados que todos os times têm à disposição. Cada uma das 32 seleções que iniciou o Mundial teve análises e informações detalhadas sobre os adversários. Algo que, para Paulo Vinícius Coelho, comentarista esportivo do Fox Sports, tem gerado um maior equilíbrio no futebol mundial.


“Tá apertado há muito tempo. Desde 2010 eu falo isso, e tem crescido cada vez mais. O futebol tem uma elite, da qual o Brasil faz parte, mas está cada vez mais apertada. Quando grandes seleções sofrem para ganhar de Egito ou mesmo empatar com Irã, é porque está difícil mesmo”, analisa PVC, que credita isso à igualdade de condições que jogadores trazem dos clubes para as seleções.


“No total, 72% dos jogadores que estão na Copa do Mundo atuam fora de seus países. Significa que eles têm acesso aos mesmos tipos de treinos técnicos, táticos e físicos, então é natural que haja um maior nivelamento”.


A Copa do Mundo da Rússia até tem sido apontada por muitos como a “Copa da Zebra”, em que a eliminação da atual campeã e favorita Alemanha é vista como a principal delas.


Mas, para o jornalista Mauro Cezar Pereira, comentarista dos canais ESPN, isso não é algo que atribua um fator de grande estranheza.


“Não está havendo nada de anormal, inclusive a eliminação da campeã é algo frequente. Nos últimos anos, a exceção foi o Brasil em 2006. Desde 2002 que o campeão é eliminado na fase de grupos, o que é um roteiro repetitivo e estranho, curioso. Mas Copa do Mundo é isso mesmo. A Espanha em 2010 foi campeã vencendo sempre apertado”, analisou, destacando ainda a dificuldade que as seleções têm de realizar grandes atuações no Mundial.


“Copa do Mundo não apresenta os melhores times de futebol, que, na verdade, são os grandes times europeus. Ali sim tem conjunto, tempo de trabalho para treinar e até técnicos mais conceituados. Na Copa são jogadores que se reúnem em fim de temporada e têm pouco tempo. É mais difícil ter grandes inovações, coisas magistrais, e alguns jogos até são ruins”.

 

Números

 

69%


dos jogos tiveram menos de dois gols de diferença entre o vencedor e o perdedor

 

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