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Entre tapas e beijos
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Entre tapas e beijos

RELAÇÃO COM AS ARQUIBANCADAS. Principal jogador da seleção já viveu momentos de "amor e ódio" com a torcida brasileira. Entretanto, chega para a Copa na Rússia sob clima de tranquilidade e apoio
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Os números impressionam. Com a camisa verde-e-amarela, Neymar Jr. venceu 61 jogos, empatou 16 e perdeu apenas nove partidas. O último revés, inclusive, conta mais de três anos, quando a Colômbia superou a Canarinho por 1 a 0 na esquecível Copa América de 2015 — em jogo que o craque foi expulso. Em 86 jogos, são 55 gols marcados, faro que lhe coloca como o quarto maior artilheiro da seleção ao lado do “baixinho” Romário.

[SAIBAMAIS] 

Principal jogador do Brasil, Neymar chega mais maduro para a segunda Copa do Mundo e com a responsabilidade de comandar a equipe que busca o hexa. Esperança na reformulação da seleção desde o pós-Mundial de 2010, o camisa 10 conviveu por anos com uma relação de “amor e ódio” com o torcedor.


Nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016, o relacionamento passou por um de seus momentos mais turbulentos. Neymar se tornou o principal alvo de críticas após o péssimo início da seleção na competição. Na época, ganhou repercussão a iniciativa de torcedores de riscar o nome do atleta na camisa e escrever por cima o da jogadora Marta, craque de uma seleção feminina que encantava na mesma competição.


Depois, veio o ouro olímpico, mas ainda sem paz. O atacante chegou a discutir com um grupo de torcedores em plena comemoração do título inédito conquistado no Maracanã.


Na Rússia, o menino Ney chega cercado de maior tranquilidade, com uma relação boa com o torcedor brasileiro, que vê nele a real esperança do hexa e a volta por cima da seleção após o trauma do 7 a 1.


“Ele já foi visto como cai-cai, mimado, mas a ascendência dele no futebol brasileiro e na seleção fez com que a rejeição que ele tinha caísse consideravelmente. Hoje, tem muito mais apoio do que críticas”, afirma Marcelo Bechler correspondente do canal Esporte Interativo na Europa.

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O jornalista vê em Neymar um jogador acostumado com pressão e preparado para comandar o Brasil na campanha rumo ao sexto título mundial. “Ele é forte mentalmente. Por mais que tenha problemas extracampo relacionados à Justiça, mas quando entra em campo parece que nada o afeta. Impressionante como consegue canalizar toda a energia para jogar futebol.”


Para o editor-chefe do Núcleo de Esportes do O POVO, Fernando Graziani, as atitudes fora de campo atrapalharam a imagem do jogador junto à torcida. “Ele é inquestionável, um craque, mas as polêmicas, algumas declarações sem pé e nem cabeça, eventualmente a ostentação nas redes sociais despertam a ira de muitos torcedores. Pode ser despeito, pode ser indignação pela postura, mas o que importa efetivamente é o que ele faz dentro de campo”, avalia.


Comentarista dos canais ESPN, Mauro Cezar Pereira acredita que há um distanciamento natural devido ao perfil do torcedor de Copa do Mundo. “No geral, não é um torcedor que acompanha futebol. É uma relação que não é de idolatria como você tem do seu time. É um jogador que faz a diferença (em campo), mas é um personagem muito pobre do ponto de vista intelectual. O público mais seletivo de ouvir coisas interessantes é até indiferente a ele”, afirma o jornalista.

 

 

55 GOLS


Em 86 jogos, Neymar marcou 55 vezes, média de 0,63 gols por partida.

 

ARTILHARIA


Na frente de Neymar só estão três jogadores: Pelé (95), Ronaldo (67) e Zico (66),

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