Amanhã, às 9 horas (de Brasília), quando pisar no gramado da Arena Zenit, em São Petersburgo, o Brasil terá uma pressão extra pela vitória. Por não ter vencido a Suíça na estreia, aumenta a necessidade de um bom resultado diante da Costa Rica, e, ao contrário do que muitos brasileiros pensavam (ou queriam), a equipe, que teve um desempenho abaixo do esperado, não terá mudanças.
A vitória por 3 a 0 sobre a Áustria, em amistoso pré-Mundial, foi decisiva para tal escolha. Naquela partida, a seleção teve ótima atuação, com fluidez e criação de oportunidades, contando com participação decisiva de Neymar, Phillipe Coutinho, Willian e Gabriel Jesus, os homens de frente que, com exceção de Coutinho, deixaram a desejar contra a Suíça.
O amistoso em Viena era visto como teste para a 2ª rodada da Copa do Mundo, já que há grande similaridade nos sistemas de jogo austríaco e costarriquenho. Contra uma linha de cinco defensores, que congestiona a zona perto da área, o Brasil precisará ter amplitude, com jogadores bem abertos pelos lados do campo, para assim tentar criar espaços para infiltração na zaga da Costa Rica.
Neymar já faz isso naturalmente na esquerda, e a presença de Willian é importante taticamente para que o camisa 19 desempenhe a mesma função no lado direito. Assim, Coutinho terá maior liberdade para atuar por dentro, bem como Paulinho deverá ser o elemento surpresa para frequentar o último terço do campo adversário. Os dois terão papel fundamental nesta partida.
A ideia de Tite, porém, não inviabiliza possíveis mudanças no decorrer da partida, caso o esquema não flua bem. A opção por Firmino aposta na capacidade de mobilidade e criação de espaços que o atacante do Liverpool tem. Fora isso, o meio-campo, que apresentou problemas, tem alternativas, como Renato Augusto, Fernandinho e Fred, além de Douglas Costa, opção de velocidade e intensidade pelas pontas para mudar o panorama do jogo ou até substituir Neymar, caso o camisa10 não esteja bem. O craque, inclusive, garantiu estar 100%. “Treinei bem (ontem), me senti à vontade. O pé está tranquilo”.