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Em comum, ambos começaram a temporada sem muito alarde. Estavam distantes do protagonismo que hoje exercem de forma dominante nos elencos, como mostram os números: 29 tentos anotados juntos e ídolos dos seus torcedores..
Gustavo foi contratado por empréstimo - seus direitos econômicos pertencem ao Corinthians - após passagens apagadas por Bahia e Goiás, tanto que o atacante teve de lidar com críticas da torcida antes mesmo de entrar em campo.
Seu primeiro jogo oficial bastou para mostrar seu valor. Ele marcou os quatro gols da vitória contra o Uniclinic, na abertura do Cearense, e, de lá para cá, deslanchou a anotar gols. Assinalou 15 em 15 partidas disputadas, sendo um deles contra o Ceará, no segundo Clássico-Rei do ano, que terminou em 1 a 1.
Arthur também conviveu com a desconfiança da torcida do Ceará. No ano passado, teve algumas boas atuações na Série B, mas terminou a temporada ainda como reserva. Em 2018, o jovem atacante passou a ganhar oportunidade no rodízio imposto pelo excesso de partidas do Alvinegro.
Em grande forma física e técnica, marcou 14 gols em 20 partidas e desbancou Elton, então titular da posição. Reconhecendo o sucesso do atacante de 19 anos, a diretoria busca renovar seu contrato para aumentar a multa rescisória e se proteger do assédio de clubes nacionais e do exterior. Atlético-MG e Grêmio já fizeram consultas.
Outra semelhança é a forma como atuam em campo. Rogério Ceni, treinador do Fortaleza, e Marcelo Chamusca, comandante do Ceará, privilegiam um atacante de referência em seus esquemas táticos. Os dois jogadores cumprem funções parecidas, prendendo a bola, servindo como pivôs e finalizadores, saindo apenas eventualmente da área para dar opção aos meio-campistas e laterais.
Os desempenhos de Gustavo e Arthur têm dado aos clubes mais do que gols. Além da repercussão nacional e um olhar para o futebol cearense, as perspectivas para o Campeonato Brasileiro são boas. Antes disso, porém, um deles vai comemorar o título do Campeonato Cearense.
E como protagonista.
FALA, TREINADOR
A FINAL
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Chegar à final do Campeonato Cearense é de suma importância para o Ceará, pois ratifica a força do clube dentro do Estado, sobretudo após a ascensão da equipe no cenário nacional, com o acesso à Série A do Campeonato Brasileiro. Isso fortalece a instituição e a confiança dos jogadores, comissão técnica e diretoria e mostra que estamos no caminho certo. Pra minha carreira, chegar a esta final é motivo de muito orgulho, além de uma realização profissional. Representa que o trabalho tem sido bem feito por todos os envolvidos e que estamos caminhando na mesma direção. Fomos felizes na última temporada com o acesso e isso já foi espetacular, mas agora temos a chance de conquistar um título pelo Ceará. Seria o meu primeiro aqui no clube, e estamos trabalhando forte para tentar conseguir, sabendo que temos um adversário duro pela frente. Neste Estadual, por conta do excesso de jogos em competições distintas neste primeiro trimestre, acabamos utilizando um time alternativo na maioria das partidas. Fizemos uma ótima campanha, conseguindo chegar à decisão com méritos. Isso mostra que temos um grupo qualificado, com peças de reposição. Em relação à projeção para o restante da temporada, digo que costumamos pensar jogo a jogo. Temos que ter foco nos objetivos que estão mais próximos, mas vamos nos preparar bem para fazer um ótimo Brasileiro. Porém, por enquanto, nossos olhos estão totalmente voltados para o clássico na final do Estadual, e em seguida para a Copa do Nordeste.
O POVO TAMBÉM CONVIDOU O TÉCNICO ROGÉRIO CENI, DO FORTALEZA, PARA ESCREVER SOBRE A PRIMEIRA PARTIDA DA FINAL, MAS ELE SE RECUSOU.
MARCELO CHAMUSCA
Técnico do Ceará