Amigo e parceiro diário de treino de Genílson Lima, Romildo Moura, 33 anos, deu o último abraço no colega minutos antes do início da prova de natação às 6 horas da manhã de domingo, 26. Após o gesto de afeto, os dois se desejaram boa sorte.
 

“Nos abraçamos como em todas as provas. Ele é um irmão-pai. Foi uma das primeiras pessoas que conheci desde que entrei no triatlo. Ele largou na mesma onda que eu. Era um cara conselheiro, amigo fora de série, que ajudava a todos, passava muita força para a gente, financeiramente, motivacionalmente”, afirmou Romildo em entrevista ao O POVO.
 

Romildo também destacou a experiência de Genílson Lima em provas longas de triatlo, tendo competido as quatro edições do Ironman em Fortaleza. Os dois haviam participado de uma prova local com a mesma distância do Ironman 70.3 há poucos meses.
 

Proprietário de uma loja de bicicletas, Cléber Pereira conta que prestava todo o suporte para Genílson em equipamentos voltados para o ciclismo. Os dois eram amigos há dois anos e começaram a parceria profissional neste ano.
 

“Ele é uma pessoa de coração imenso, de boa índole, um cara fantástico. O Genílson tinha uma marca de roupa que ajudava os atletas, incentivava e apoiava como podia aqueles de classe baixa”, comentou Cléber ao O POVO.
 

Genílson foi bastante homenageado nas redes sociais após a confirmação de sua morte. O perfil do triatleta no Facebook foi preenchido por diversas mensagens de carinho e lamentações pela perda do amigo.
 

Presidente da Federação de Triatlhon do Ceará (Fetriece), Fátima Figueiredo também lamentou a morte triatleta. “Está todo mundo triste, abalado. Recebi ligações do Brasil todo, de pessoas buscando notícias. A família do triatlo tem um negócio no sangue, que todos têm amor um pelo outro, mesmo que não se conheçam”, disse.
(Lucas Mota)