No pedido, o MPF destacou que “a ocultação do dinheiro ilícito produzido pela corrupção sistêmica” perdura até hoje.
Os procuradores também alertaram que Carlos Arthur Nuzman continuava a atuar em benefício próprio, usando os instrumentos do Comitê Rio-2016, do qual também é presidente, bem como a sua influência sobre as pessoas que lá trabalham. Eles citaram um e-mail datado de 25 de setembro — portanto, após deflagração da Operação Unfair Play —, em que ele determinava “urgência” no pagamento do escritório Nelio Machado Advogados, que atua em sua defesa.
O pagamento solicitado era de R$ 5,5 milhões, mas o jornal O Estado de S.Paulo apurou que a liberação do montante não foi autorizada por não passar pelas regras de governança do comitê. O comitê organizador da Rio-2016 tem dívidas na casa dos R$ 100 milhões.
O MPF também pediu a prorrogação da prisão provisória de Leonardo Gryner, que está preso desde a quinta-feira passada. Ele é apontado pelos investigadores como “braço direito” de Carlos Arthur Nuzman e divide a cela com o dirigente na cadeia de Benfica, na zona norte do Rio, onde estão confinados os investigados na Operação Lava Jato.
Agência Estado