[FOTO1]
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, manteve viva ontem a polêmica com atletas do país. No último fim de semana, nos 14 jogos da liga de futebol americano (NFL), mais de 150 jogadores repetiram o gesto de ficar de joelhos durante a execução do hino nacional. O ato foi em sinal de protesto contra o presidente, que sugeriu demitir os jogadores que realizassem a ação. “O problema de se ajoelhar não tem nada a ver com questões raciais. Trata-se de respeito pelo nosso país, nossa bandeira, nosso hino”, escreveu Trump no Twitter, ontem.
O gesto foi protagonizado pela primeira vez no ano passado, pelo jogador Colin Kaepernick, então no San Francisco 49ers e hoje sem clube, em referência ao assassinato de cidadãos negros. Em ambiente marcado pela controvérsia sobre o respeito aos símbolos nacionais e à liberdade de expressão, o ato de se ajoelhar durante o hino se popularizou.
"Sim, trata-se claramente de questões raciais, da desigualdade que golpeia nossas comunidades", disse o jogador Micael Thomas, do Miami Dolphins, ontem. "As pessoas vão continuar fazendo suas vozes serem escutadas, continuarão protestando".
A polêmica se tornou assunto de Estado após Trump sugerir que os torcedores deixassem os estádios diante dos protestos, além da demissão dos atletas envolvidos. Em editorial, o Wall Street Journal indicou que Trump "conseguiu consolidar a unidade dos jogadores e dos proprietários dos clubes contra o presidente, apesar de vários deles terem apoiado a campanha eleitoral". (AFP)