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Competições fortalecem a democratização da capoeira
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Competições fortalecem a democratização da capoeira

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Professor de capoeira no Ceará, o mestre Adriano de Paulo explica que a competição na capoeira era uma ansiedade dos praticantes. “Não existia. Grandes grupos como o Muzenza têm promovido, motivado as crianças para competir. Você pega aquele gosto de pegar o troféu, de competir. As lutas como MMA, judô sempre afloraram para a competição”.
 

Há dez anos na Espanha, o brasileiro Flávio Oliveira Dhein, 32 anos, conhecido na capoeira como mestre Magrela, dá aulas em Segóvia e viaja pelo mundo competindo. “É um esporte em ascensão. A competição incrementa a adesão de novos alunos que praticam a capoeira, assim como quem não conhecia”.
 

Segundo mestre Magrela, os capoeiristas já adotam uma preparação 

profissional visando os torneios. “Estão dedicados para as competições em nível mundial. Hoje, os capoeiristas contratam um nutricionista para levar uma alimentação adequada, um personal para um treinamento específico. Marcas reconhecidas, como a Red Bull, começam a investir em competição, por exemplo”.
 

Lutadores de MMA, além de esportes já tradicionais como o jiu-jitsu, o boxe e o muay thai, adicionam treinos de capoeira para ter mais uma arma no combate no octógono. O maior lutador das artes marciais mistas da atualidade — e que hoje protagoniza um desafio de boxe (veja mais na página 8) —, Conor McGregor é um exemplo disso. “Tem grandes capoeiristas no MMA. O Elizeu Capoeira e o Mutante, ambos do UFC. Vários começaram na capoeira, como o José Aldo. Anderson Silva também treinou na minha academia. Muitas equipes de MMA contratam mestres de capoeira”, conta o mestre Burguês.(Lucas Mota)

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