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Guilherme Tâmega fala sobre o momento do bodyboard no Brasil
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Guilherme Tâmega fala sobre o momento do bodyboard no Brasil

Guilherme Tâmega fala sobre o atual cenário do esporte no Brasil
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Hexacampeão mundial, com mais seis títulos nacionais e eleito segundo melhor do mundo seis vezes. Currículo de quem pode afirmar, sem medo do rótulo de arrogância, que não vê nenhum nome acima do seu quando o assunto é bodyboard.


O carioca Guilherme Tâmega, de 44 anos, é o maior expoente do esporte no Brasil e, mesmo aposentado, não deixa de respirar bodyboard, trabalhando como salva-vidas, em Pipeline, Havaí.


Ele esteve em Fortaleza por três dias e conversou com O POVO sobre o esporte que o consagrou.


O POVO - Como você analisa o atual cenário do bodyboard no Brasil?


Guilherme Tâmega - O nosso esporte está numa crescente de novo.

Ele sempre passa por altos e baixos, por anos e anos, mundialmente isso. O bodyboard brasileiro tem uma hegemonia mundial incrível, comigo, com as irmãs (Isabela e Mariana) Nogueira, agora com a Isabela (Sousa). Nós sempre temos campeões mundiais, nas categorias masculino e feminino. Então nós temos espaço.


OP - Qual o gatilho para engrenar novamente?


GT - Tem que ter as pessoas certas nas Federações. Isso atrai investimento e pessoas para apoiar.


OP - Como você avalia o Ceará no bodyboard?


GT - A Isabela (Sousa) é um bom exemplo, o Roberto Bruno também. O bodyboard cearense sempre foi um celeiro de ótimos atletas, desde a época do Francisco Rosa, do Rogério Biola, do Melk Lopes, aquela lista de cearenses incríveis que dava medo. Era de tremer as pernas.


OP - Qual a opinião dos atletas do exterior sobre os brasileiros ?


GT - Eles respeitam, mas até certo ponto. Acham que brasileiro é bom até certo tamanho de onda. Por isso que faz a gente crescer. Eu cresci com isso, fui um cara que sempre gostei de crítica e da discriminação, porque cresci sobre ela.


OP - Qual a realidade financeira do esporte?


GT - Cada vez mais dura. Hoje em dia conto nos dedos quem realmente vive de bodyboard. Eu falo sempre nas minhas palestras que você tem que ser completo, tem que ser o melhor, e isso tudo se o esporte for sua vida. Sempre tem uma esperança que vai melhorar. Eu vivi 30 anos esperançoso.


OP - Você já foi patrocinado pelo Vasco. Acha que esse casamento futebol e bodyboard dá certo? Os atletas poderiam buscar mais parcerias assim?


GT - Para dizer a verdade, eu acho que futebol, surfe e mar não tem nada a ver, mas a partir do momento que você tem uma paixão por um time e o teu país é movido por um esporte que se chama futebol, não custa nada um ajudar o outro, quando a paixão é verdadeira.

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