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Fátimas peregrinas: a primeira imagem
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Fátimas peregrinas: a primeira imagem

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A agenda é cheia, o ano inteiro. Os inúmeros pedidos, que não param de chegar ao Santuário, levam as 13 réplicas oficiais da Senhora do Rosário para os lugares mais longínquos do Planeta. Elas viajam em estojos almofadados, em assentos reservados na classe executiva de aviões de linha regular, em helicópteros fretados, em carros de luxo e em cima de andores pesados de rosas brancas. São conhecidas como as Virgens Peregrinas e cada uma delas tem número e documentação própria, espécie de passaporte que indica os lugares por onde andam.

[SAIBAMAIS]

Se elas ganham o mundo é para deixar em paz e em segurança a valiosa imagem original de Nossa Senhora de Fátima, quase 100 anos de existência, que reina absoluta em uma coluna de mármore, na Capela das Aparições. Esculpida em 1920, dois anos depois das aparições na Cova da Iria, esta primeira imagem só sai agora do Santuário em ocasiões muito especiais. Nas 12 viagens que fez até hoje, sob os olhos atentos de guardas e agentes da companhia de seguros, ela peregrinou dentro de Portugal, foi à vizinha Espanha e atendeu três vezes aos chamados de papas, em Roma. Mas já vão lá três anos que ela não sai de casa.


A primeira imagem peregrina foi esculpida em 1947 e fez sua primeira viagem histórica ainda no rescaldo da Segunda Guerra Mundial. Pedido do então bispo de Berlim, a ideia era que a imagem levasse a mensagem de paz para todas as capitais europeias em fase de reconstrução, até a fronteira com a Rússia. A peregrina fez mais: 64 países, inclusive em outros continentes, em quase 50 anos de viagens. Chegou a ter mesmo avião próprio. Na volta de missão espiritual e geopolítica, a imagem ganhou altar especial na Basílica do Rosário, dentro do Santuário, e só teve permissão para um último tour. Em 2014 e 2015, visitou todos os mosteiros de clausura de Portugal, uma vez que as freiras não podiam se deslocar para vê-la.


Agora viajam as 13 cópias peregrinas. Algumas compradas nas lojas de artigos religiosos do Santuário. Por isso, há diferenças no tamanho, na expressão do rosto e no tom do branco do manto. Detalhes sem importância aos olhos devotos. Vê-se pelo volume de pedidos para visitas de uma imagem desta. Neste ano do Centenário, não deu pra quem quis. Segundo a revista Fátima, Luz e Paz, pelo menos 14 países já têm garantidas visitas de peregrinas em 2017.


Cidades de Angola, Hungria, República Checa e Brasil estão já em preparativos. Aliás, segundo o calendário, três delas estarão em solo brasileiro. A imagem número 5, por exemplo, vai estar em Santos de 20 de junho a 11 de julho. Mas a número 3 já está há muito em São Paulo e só retorna no final de outubro, quando se encerram as comemorações do Centenário. Mesma data de volta para a imagem número 12, que está visitando o Santuário de Nossa Senhora de Fátima do Rio de Janeiro, desde maio de 2013. (Ariadne Araújo, de Portugal, especial para O POVO)

 

A AZINHEIRA - Árvore muito abundante em Portugal, sobre a qual a Senhora do Rosário teria aparecido aos três pastores, foi destruída por completo. A multidão que vinha à Cova da Iria, logo após o fenômeno, levava galhos como lembranças e terminou por cortar o tronco em pedaços para servirem de relíquias.


13

são as virgens peregrinas que percorrem o mundo a pedido de paróquias e santuários. Este ano estão em visita ao Brasil, Itália, França, Luxemburgo, Holanda, Angola, Hungria, República Checa, entre outros. As imagens viajam de avião, em assentos só pra elas

2ª aparição

Em 13 de junho de 1917, havia cerca de 50 pessoas acompanhando as três crianças, na Cova da Iria. Em 13 de julho, já eram cerca de 2 mil pessoas. Na 6ª aparição, dia 13 de outubro, milhares dizem ter visto o milagre do sol.

 

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