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Artes visuais expressão plural
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Artes visuais expressão plural

Espaços reúnem artes visuais e fotografia em cenários de completa imersão cultural
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Toda pluralidade da criatividade humana permeia o limite entre realidade e imaginário, desaguando nas artes. Artistas plásticos e visuais, fotógrafos, ilustradores e designers povoam essa epitome de ideias retratadas quase sempre de forma conceitual e, em sua maioria, provocadora. Para além de toda expressão cultural, há também aquilo que surge como forma de documentar o seu tempo e de transpor o abstrato.

 

No Festival Vida&Arte 2018, nomes como Mário Sanders, Rafael Limaverde, Andrea Dall'Olio, Cecília Bichucher, Carlus Campos, Clara Monteiro, Marcos Melo, Cláudio Quinderé, Emília Porto, Sandra Montenegro e José Guedes cumprem esse papel. Mas há espaço para mais. O estilista Lino Villaventura, o artista plástico Mano Alencar, e o artista visual Rian Fontenele são outros que ajudam a formar esse time.

 

Jornalista do O POVO há 35 anos e colunista há 15, quando surgiu a primeira edição do Festival, o curador Ivonilo Praciano defende que o evento traz “nomes de peso e renome nacional, escolhidos pelo valor inquestionável do trabalho”. Dentre as variadas atrações que o público poderá conferir, uma apresentação coletiva de mais de uma dúzia de artistas, além de oficinas e entrevista aberta.

 

O artista visual Carlos Campus, que em julho próximo completa 31 anos como colaborador do O POVO, faz parte desse time e participará da exposição coletiva com o trabalho Francisco. Campus se divide entre a pintura manual e a digital, além de ter produzido peças conceituais de divulgação para o Festival.

 

“É sempre enriquecedor trabalhar com artistas que são ícones da nossa cultura. Desses, quero muito ver o que o Mário Sanders vai apresentar. Artista que acompanho há tanto tempo e que, de certa forma, exerceu influência sobre meu trabalho no início da minha carreira”, conta Campus. No FVA, enxerga a oportunidade de democratizar trabalhos tão singulares e nem sempre acessíveis. “Gosto muito quando a arte sai da galeria de arte, daquele espaço formal. Quando ela vai para a rua, se mistura com outras linguagens e tem um potencial de atingir mais gente”.

 

Guardião da memória

Além dos artistas visuais que compõem a curadoria, o FVA terá exposição que celebra os 90 anos da história de jornalismo fotográfico do O POVO. Sob curadoria da editora do núcleo de Imagem do O POVO, Iana Soares, a exposição reúne 36 fotografias que atravessam 90 anos de história do Ceará. O recorte é temporal, mas há também a busca pela diversidade do jornalismo feito na casa.

 

Jornalista, cientista social e mestre em Belas Artes pela Universidade de Barcelona, Iana lista episódios como o sequestro de Dom Aloísio Lorscheider, o assalto ao Banco Central, o evento atemporal da seca e personagens como Lampião e Maria Bonita como momentos e personagens importantes da exposição.

 

“A gente pensa na diversidade temática, estética, temporal e geracional, levando em conta como o fotojornalismo vai se transformando. São imagens que têm o mérito de terem sobrevivido ao tempo”, diz. “Gosto de pensar que as ausências também são significativas. É assumir que a exposição não dá conta da grandiosidade dessa história, assim como o jornal não consegue dar conta de tudo que acontece na cidade. Hoje, a gente olha para as imagens e pensa no que aconteceu, e junto com elas pensa o tempo presente”, completa.

 


Alguns destaques

 

- Oficina de material reciclado, na Ateliê Leonilson, com Marcos Melo (dia 22, às 14 horas)

 

- Oficina A melhor idade em cena: construindo um teatro de objetos, na Ateliê Leonilson, com Clara Monteiro (dia 24, às 10 horas)

 

- Entrevista aberta com Lino Villaventura, na Estação Demócrito Dummar, com mediação de Ana Naddaf e Ivonilo Praciano (dia 24, às 20h30min)

 

Fotojornalismo

Depois de meses na tentativa, o fotógrafo Benjamin Abrahão encontra Lampião e seu bando e realiza grande reportagem publicada com exclusividade, em 1936.

 

O fotógrafo Edimar Soares sintetizou as desigualdades sociais que persistem em Fortaleza, durante a Copa das Confederações, em 2013.

 

 
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