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MAIS VOOS PARA O INTERIOR
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MAIS VOOS PARA O INTERIOR

O crescimento da aviação diminui distâncias entre as cidades do interior para capitais e destinos turísticos, e estimula o desenvolvimento regional
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. (Foto: Camila de Almeida)
Foto: Camila de Almeida .

Os voos internacionais trouxeram mais turistas e impulsionaram a movimentação doméstica, enquanto a adequação e exploração dos aeroportos regionais aproximaram as distâncias com as capitais. No interior do Ceará, fora o de Fortaleza, são 12 aeródromos e os aeroportos que levam a Jijoca de Jericoacoara e Canoa Quebrada se destacam, de acordo com o Panorama Socioeconômico das Regiões de Planejamento do Estado, publicação do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece).

O trabalho de desenvolver é lento, mas se espera que traga efeitos. O Ministério dos Transportes calcula que o Ceará deve ter 72% mais passageiros em 2037, em comparação com 2017, contabilizados os terminais da Capital e Interior.

"Europeus ainda estão descobrindo Jericoacoara e Cumbuco, por exemplo. Há muito potencial e é nossa ambição prover mais esses destinos", diz, otimista, Seth van Straten, diretor comercial da Air France-KLM para a América do Sul.

Assim como Aracati, que inaugura hoje operação da Azul, parte dos aeródromos já deveria ter voos comerciais neste ano. Era previsto início de rota entre Fortaleza e Iguatu em maio, em cogitada parceria da Two Flex com a Gol, mas há atraso. De acordo com o Departamento Estadual de Rodovias do Ceará (DER), que administra os equipamentos, ainda são preparados os aeródromos de Tauá e Campos Sales.

Os terminais regionais aquecem a economia das regiões nas quais estão localizados. "O aeroporto não é de Jericoacoara, é regional. Temos que abastecer de gente toda aquela região, não um destino único. Nosso trabalho é para fortalecer a região como um todo a partir do acesso facilitado pelos aeroportos", destaca Arialdo Pinho, secretário do Turismo do Ceará.

Ele avalia que Camocim, aeródromo desde 2011, tem potencial, mas não tem hospedagem suficiente. "Bitupitá, que poucos cearenses conhecem, tem sido muito procurada. A mesma coisa no Litoral Leste, com o aeroporto de Aracati, que tem uma outra conotação, até por ser perto de Fortaleza", complementa Arialdo, mencionando que mercado, estrutura e competitividade formam a receita para atração das cadeias hoteleiras internacionais e construção dos destinos que vão ampliar o portfólio cearense hábil para receber turistas.

Dentre os equipamentos, o Aeroporto Orlando Bezerra de Menezes, em Juazeiro do Norte, teve 563.548 movimentações no ano passado, um recorde. O terminal administrado pela Infraero será privatizado em leilão marcado para o dia 15 de março. O lance inicial é de R$ 171 milhões, para concessão de 30 anos.

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