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Afinal, o que pesquisar?
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Afinal, o que pesquisar?

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Com foco na literatura da poetisa brasileira Hilda Hilst, a doutoranda Nathalie Sá entrou no universo da pesquisa ainda nos primeiros semestres da graduação, na Universidade Estadual do Ceará (Uece). De lá pra cá, levou sua pesquisa para a UFC durante o mestrado e dá seguimento aos estudos na mesma instituição. O primeiro contato com a pesquisa acadêmica ocorreu no grupo de estudo “Outras vozes: gênero e literatura”. Os encontros semanais foram, aos poucos, mostrando para ela que era aquele ramo que gostaria de seguir para sua carreira.


Sobre o cotidiano da pesquisa, Nathalie explica que é inviável que todos os pesquisadores dependam de bolsas e a maioria precisa conciliar um trabalho por fora da universidade com a pesquisa acadêmica. “Não há bolsa para todos e, de um ano para cá, a situação piorou muito, com bolsas cortadas e, as que sobrevivem, sofrem ameaças de corte o tempo todo. Ainda assim, é um trabalho extremamente prazeroso. Dedicar-se a um objeto de estudo, quando por esse nutre afeto, é desafiante e, até mesmo, divertido. Não há cansaço em dedicar-se por anos a um mesmo tema; inclusive, arrisco-me a dizer que todos os temas são inesgotáveis. Explorar um objeto de pesquisa, cada vez mais, e chegar a uma conclusão que resultará em um novo questionamento e mais análises é o ciclo que, apesar das dificuldades do contexto maior, nos dá a sensação de dever cumprido”, diz.


“No Brasil, excepcionalmente se faz estudo de pós-graduação pagos.

Em outros, países você tem que aliar isso a seu trabalho. Nós temos esse aspecto singular, que é o financiamento dos estudantes de doutorado e mestrado. O auxílio hoje deixa bastante a desejar, isso está gerando problemas sérios pela falta de dinheiro. Por exemplo, ainda é muito tímida a aproximação do empresariado com a universidade. A gente sabe das dificuldades orçamentais gerais, e isso tem afetado muito a ciência”, explica Jorge Lira, Pró-Reitor Adjunto de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal do Ceará (UFC).

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Integridade acadêmica


Além de focar no desenvolvimento de um objeto de estudo, é fundamental haver integridade durante uma pesquisa científica, para que não haja desqualificação de projetos por plágio. Diretor de negócios na Turnitin Brasil, empresa de tecnologia educacional com foco em verificação de similaridades de trabalhos acadêmicos, Laércio Dona explica que a tentativa de plágio significa que o aluno desistiu de tentar exercer sua criatividade e que é preciso haver um acompanhamento do estudante para mudar essa situação.


Para realizar um trabalho competente, ele também aponta que é fundamental “conhecer a ABNT, e aprender a fazer citação devidamente. Não pode ter um trabalho inteiro baseado em citação e é preciso sempre procurar o seu orientador para conhecer as normas, para não correr o risco de publicar um trabalho com plágio”.

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