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Carreira em rede, paralela ou Y
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Carreira em rede, paralela ou Y

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A professora da Escola de Administração de Empresas de São Paulo (FGV EAESP), Denise Poiani Delboni, explica que o modelo de carreira paralela, em rede ou em Y é uma alternativa ao modelo tradicional de carreira vertical ou linear.


Um dos fatores que deram impulso ao surgimento da carreira em Y foi a necessidade de inovação e a conquista da vantagem competitiva da organização, fazendo com que o conhecimento técnico fosse valorizado e não apenas o administrativo. “Ele pode ter um cargo como analista e fazer projetos em outras áreas, junto com o pessoal do RH ou na área comercial, por exemplo. Com isso ele acaba aprendendo muito mais e tem mais disposição para assumir outros cargos, ao contrário de uma carreira tradicional”, comenta.


Denise Delboni diz que vê como positiva esse modelo porque faz a pessoa trabalhar competências e dá uma visão maior do negócio. A especialista informa que esse a carreira em rede ainda é pouca utilizada no Brasil. “Mas as empresas estão começando a despertar para esse tipo de carreira porque vêm perdendo bons empregados (talentos)”, afirma, informando que isso tem ocorrido principalmente no setor de tecnologias da informação e comunicação (TIC) onde existe uma alta rotatividade de pessoal.


A diretora de Desenvolvimento, Pesquisa e Educação da Associação Brasileira de Recursos Humanos no Ceará (ABRH-CE), Janete Bezerra, diz que os modelos de carreira em rede, paralela ou em Y são uma tendência das empresas, apesar da predominância ainda ser da carreira do tipo linear (tradicional).


“É uma necessidade de sobrevivência das empresas seguir os novos modelos e isso também contribui para a evolução dos profissionais”, afirma, ressaltando que várias organizações se utilizam de mais de uma forma de carreira.


Janete explica que as corporações também podem trabalhar para desenvolver as competências técnica ou de gerência do funcionário numa carreira em Y. Ressalta, porém, que a empresa comete um erro se não avaliar suficientemente e promover profissionais que são bons técnicos para serem líderes. “É claro que a pessoa pode se tornar um bom líder desde que seja preparado”, completa, salientando que as carreiras em paralelo ou Y já são comuns. De acordo com a diretora da ABRH-CE a novidade é a carreira em W. “É como um desdobramento da carreira em Y onde o que vai ser dado ênfase ao trabalho com processos”, afirma, acrescentando que as empresas estão buscando pessoas para trabalhar com projetos em todas as áreas.

 

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