Embora não seja uma competição entre estados, já que toda energia comercializada nestes leilões não fica na área de produção e sim no Sistema Interligado Nacional (SIN) que a distribui pelo País, a instalação de uma usina de energia traz muitos reflexos para economia.
Um deles é sobre o mercado de trabalho. Um parque eólico costuma gerar, em média, entre 25 a 32 empregos por megawatts produzidos, explica o cientista industrial, Fernando Ximenes. Há também impactos sobre a arrecadação, a demanda de toda cadeia produtiva que cresce em torno dela, como fornecedores de equipamentos, além de ser ambientalmente menos poluente.
Mas, independentemente de os projetos ficarem ou não no Estado, o cientista diz que o aumento da participação de fontes renováveis na matriz energética do País - hoje, a energia eólica já é a segunda mais recorrente - é importante porque ajuda a aliviar o bolso do consumidor. "Leilões competitivos jogam o preço para baixo e quem ganha é a população. O preço da energia solar, por exemplo, chega a ser 116% mais barato do que o produzido em uma termelétrica. Infelizmente, os valores são rateados, mas, se essa participação cresce, o custo geral também baixa".