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Ibovespa sobe 1,61% com Previdência
Economia

Ibovespa sobe 1,61% com Previdência

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O noticiário político de ontem reforçou o clima mais otimista em relação à aprovação da reforma da Previdência e deu fôlego para o Índice Bovespa alcançar nova alta significativa, reconquistando o patamar dos 96 mil pontos. Após o feriado dos Estados Unidos, investidores estrangeiros voltaram às compras e levaram o índice aos 96 392,76 pontos, com alta de 1,61%, na contramão das bolsas de Nova York.

A melhora ajudou o real a se descolar de outras moedas de países emergentes e ganhar força em relação ao dólar. A moeda norte-americana subiu ante divisas fortes, como o euro e a libra, por conta de estresse no mercado internacional com a situação fiscal da Itália, e moedas como o peso mexicano e o rublo da Rússia, mas caiu 0,29% perante o real, terminando o dia em R$ 4,0235.

Os principais sinais de Brasília que repercutiram positivamente nos negócios foram a busca do governo por um pacto entre os três Poderes em favor das reformas e do crescimento econômico e a iniciativa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de pedir a antecipação do relatório da Previdência.

Outro fator de grande relevância na alta do Ibovespa foi a queda das taxas de juros no mercado futuro, com apostas crescentes de corte da taxa Selic neste ano, em virtude do ritmo fraco da economia. As quedas das taxas futuras colocaram em evidência a alta das ações dos setores financeiro e de varejo. A lógica na compra desses papéis é simples: juros menores, maior demanda por crédito e aumento do consumo interno.

O analista Vitor Miziara, da Criteria Investimentos, afirma que a Bolsa vinha operando com desempenho fraco pela manhã, refletindo perspectivas mais pessimistas do mercado, com algumas revisões para o Ibovespa no fim do ano. "A alta ganhou força depois da notícia de que Rodrigo Maia pediria ao relator da reforma que antecipasse seu parecer. Até então, o mercado não deu tanta importância ao pacto que o governo tenta alinhar", afirmou.

Na avaliação de Miziara, na ausência de balanços financeiros, o mercado deve concentrar as atenções no noticiário em torno da reforma. "Da maneira como estamos, tudo já está mais ou menos precificado e o 'risco X retorno' não está tão favorável, tendo em vista o cenário de upside menor". (Agência Estado)

 

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