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Captação de recursos é feita por criptomoedas
Economia

Captação de recursos é feita por criptomoedas

Com tecnologia blockchain
Edição Impressa
Tipo Notícia

O período de recessão econômica no Brasil durante o início do desenvolvimento do projeto do Polo Multimodal do Pecém, fez com que a tecnologia fosse a saída para conseguir aportes de investidores. Os empresários buscam apoios econômicos por meio de criptomoedas e financiamento coletivo.

O economista Alcântara Macedo conheceu o projeto e diz que a iniciativa encontrou dificuldade na captação de investimentos nos fundos tradicionais, pois eles estão evitando financiar obras do tipo.

"É um projeto ambicioso. A busca por investidores é difícil, porque na situação do Brasil, neste setor, não há apetite dos investidores neste momento", analisa o economista, acrescentando que é uma "iniciativa importante", mas que possibilidade de valorização do espaço nos próximos anos é alta.

A solução dos empresários foi utilizar criptomoeda por meio do sistema blockchain. A tecnologia é constituída por uma base de dados descentralizada e que oferece segurança e transparência para validar as transações realizadas no ambiente digital. Assim, toda informação nova precisa estar ligada a uma antiga e que já foi certificada. A cidade terá o Polo TokenCoin para transações no local.

A busca é pela democratização dos investimentos, que não se limita por "burocracias" do sistema financeiro tradicional, aponta o consultor jurídico do Polo, André Pinheiro. A captação será realizada na Suíça a partir de junho com a formação de uma holding com ações da empresa no Brasil, conta. Lá, uma aceleradora de blockchain cuida das ofertas privadas em security token (valores mobiliários no criptomercado).

O CEO do Polo Multimodal, Sebastiano Di Ruocco, acrescenta que o plano de negócios prevê liquidez para os portadores dos tokens (título mobiliário codificado). Com crescimento de valor na medida em que mais empresas se instalem no espaço, ganhos de 17% ao ano sem contar a inflação são esperados. O lastro é baseado na propriedade de 2000 hectares do Polo Multimodal. "No primeiro trimestre de 2020, realizaremos a oferta pública na bolsa de valores suíça. Entre 36 e 60 meses esperamos captar e investir no Pecém 50 milhões de dólares", diz o CEO.

 

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