Os empresários do setor de fruticultura do Ceará observam atentos a viagem de 16 dias da comitiva brasileira de 98 pessoas com destino a países asiáticos. Ontem, a primeira parada foi em Tóquio para reuniões com representantes da Federação das Indústrias do Japão.

"Viemos reavivar essas relações de cooperação, amizade e parceria tecnológica com essa instituição que tanto já ajudou o Brasil e queremos que continue sendo nosso parceiro principal aqui no Japão", disse a ministra da Agricultura Teresa Cristina.

Acompanha a viagem o presidente da Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), Luiz Roberto Barcelos, que ingressa a comitiva com ideia de conversar e pressionar as autoridades sanitárias do Ministério da Agricultura tanto do Japão, quanto da China, "a concluírem estudos e inspeções para abrir o mercado".

"Vamos aproveitar a ida a esses países para visitar potenciais importadores, conhecer o mercado de frutas das grandes cidades como Tóquio, Pequim, Shangai, para ter uma ideia de volume de consumo, preço praticado nesses mercados e variedades que eles mais consomem", comentou.

O secretário executivo do Agronegócio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet), Sílvio Carlos Ribeiro, avalia que se o mercado chinês for aberto para o Brasil, o Ceará deve ganhar muito nesse setor.

"Temos muita possibilidade de ofertar frutas e os chineses querem isso, por terem um mercado consumidor grande e pensamos em aumentar muito a nossa exportação. Essa já é uma batalha antiga do setor, pois exportamos majoritariamente para a Europa, mas o mercado da China é muito maior", revela.