Logo O POVO+
Em um ano, obra do Aeroporto de Fortaleza chega a 60%
Economia

Em um ano, obra do Aeroporto de Fortaleza chega a 60%

As obras têm previsão para 2020 e 2021, mas se o avanço continuar neste ritmo de cinco pontos percentuais por mês, podem terminar antes do previsto
Edição Impressa
Tipo Notícia Por
EXPANSÃO do terminal de passageiros no Aeroporto de Fortaleza (Foto: ALEX GOMES/ESPECIAL PARA O POVO)
Foto: ALEX GOMES/ESPECIAL PARA O POVO EXPANSÃO do terminal de passageiros no Aeroporto de Fortaleza

Após um ano do início, a modernização e a ampliação do Aeroporto Internacional Pinto Martins já estão com 60% dos serviços executados. A média de avanço é de cinco pontos percentuais por mês. A previsão é que equipamento seja concluído em maio de 2020, mas, se continuar neste patamar, o encerramento se daria ainda em dezembro deste ano, antes do prazo.

No entanto, a Fraport não confirma a antecipação. "A expectativa é entregar a expansão do terminal até maio de 2020 e da pista até 2021", informou em nota. As melhorias do aeroporto eram uma promessa ainda para a Copa de 2014. À época, na gestão da Infraero, o consórcio CPM Novo Fortaleza assumiu as obras. Em um ano, foram apenas 15% de execução. Somente em 2018, quando a empresa alemã assumiu a administração, após vencer leilão, houve avanços.

As modificações iniciais foram na iluminação, banheiros, Wi-Fi e sala de embarque. Em janeiro deste ano, a Fraport fez novo estacionamento e instalou a primeira das cinco esteiras de bagagem. Para Francisco Heber Lacerda de Oliveira, professor do Departamento de Engenharia de Transportes da Universidade Federal do Ceará (UFC), intervenções nas mãos da iniciativa privada tendem a ser aceleradas.

"Eles optam por processos mais rápidos. Em alguns casos, pagam mais caro em tecnologia para ser mais seguro e ter um retorno rápido da construção", exemplifica. Foi o que ocorreu. A concessionária adotou uma nova técnica. O sistema construtivo de "concreto moldado in loco" previsto inicialmente foi substituído por uma estrutura metálica para ganhar velocidade.

Outro fator é a redução de processos burocráticos. Ele destaca que não é possível afirmar se o equipamento será entregue antes do prazo. Ocorre que, no meio do caminho, podem surgir desafios. Um deles é a quadra chuvosa.

Dinalvo Diniz, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Pesada do Ceará (Sinconpe), acrescenta que a edificação exige um planejamento para considerar gargalos, como contratação de trabalhadores e clima. "É preciso conhecer o cronograma para dizer. Mas tem possibilidade de reduzir em um mês", projeta. "Toda obra privada tem data de início e fim. Já a pública só tem início", aponta.

Na avaliação do economista Alcântara Macedo, o compartilhamento da gestão pública e privada de equipamentos é uma maneira de alocar recursos para infraestrutura do Estado. Ele cita que os países mais desenvolvidos adotam essa política e que reproduzi-la ajudará no desenvolvimento socioeconômico. "No caso do aeroporto, permite avançar toda a aviação, gera mais voos. Isso significa empregos e aumento na receita tributária".

(Foto: )

Visão da passageira

Para a advogada Liz Alencar, 25, a construção está bem acelerada. "Viajo com frequência e, a cada vinda, vejo uma modificação, como a sala de embarque", exemplifica. Ela relata que a obra ainda traz alguns transtornos. "Já o desembarque está apenas com uma esteira funcionando, mas a gente entende que é para trazer melhorias", diz.

 

Projeção

29,2 milhões de pessoas por ano é a projeção de público da Fraport até o fim da concessão do Aeroporto de Fortaleza, em 2047.

Veja mais no especial Aviação Ceará Acesse: especiais.opovo.com.br/aviacaoceara/

 

O que você achou desse conteúdo?