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Onyx diz que Bolsonaro deve decidir sobre Previdência após Davos
Economia

Onyx diz que Bolsonaro deve decidir sobre Previdência após Davos

| TEXTO FINAL | Prestes a deixar o Banco Central, Ilan Goldfajn frisou que o Brasil precisa das reformas
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Tipo Notícia

O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou ontem que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) só deverá bater o martelo sobre o texto final que o governo apresentará para a reforma da Previdência depois que voltar do Fórum Econômico Mundial, em Davos, no fim da outra semana.

 

Segundo o ministro, o governo continuará discutindo a proposta nos próximos dias e, antes de embarcar para o evento, Bolsonaro assistirá a uma apresentação da equipe. "Aí ele vai para lá com isso na cabeça, vai receber textos, vai pensar. Quando ele voltar, a gente vai conversar e acho que ele vai bater o martelo", afirmou Onyx.

 

Questionado sobre se o presidente poderia anunciar o teor do texto em Davos, Onyx disse: "Ele vai ter os textos, mas eu espero que não".

Bolsonaro será acompanhado nesta viagem pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, pelo chanceler Ernesto Araújo, pelo ministro da Justiça, Sérgio Moro, e pelo ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno.

 

Em apresentação em Genebra, na Suíça, e prestes a deixar o cargo, o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, frisou ontem que o Brasil precisa continuar com os ajustes e reformas, especialmente a da Previdência, para assegurar a confiança dos agentes na sustentabilidade fiscal e conseguir maior crescimento.

 

Ele reforçou em seu discurso que o Brasil fez progressos recentes na agenda de reformas, incluindo a trabalhista e a instituição de um teto para a alta dos gastos públicos, além da Agenda BC , um conjunto de medidas para melhorar a eficiência do sistema financeiro.

 

Ao falar do caso brasileiro, Ilan destacou o foco no sistema de meta de inflação e afirmou que a política monetária não deve reagir para estabilizar a taxa de câmbio 'per se'. O Brasil, disse ele, tem "amortecedores" para resistir a choques, entre eles, o nível robusto de reservas internacionais, um regime de câmbio flutuante e um robusto balanço de pagamentos, além de inflação baixa e expectativas ancoradas para os índices de preços.

 

Na parte inicial da apresentação, ao falar de mercados emergentes como um todo, Ilan afirmou que estas economias precisam seguir avançando na agenda de reformas estruturais com o objetivo de melhorar os fundamentos e aumentar o nível de resistência das economias. "Os amortecedores devem ajudar a suavizar o processo de ajuste", afirmou o presidente do BC.

 

"A política monetária é desafiadora nos mercados emergentes", disse ele, destacando que a política fiscal está frequentemente sob escrutínio dos agentes e os BCs precisam constantemente fortalecer a credibilidade. No geral, os emergentes têm experimentado maior instabilidade macroeconômica que os países desenvolvidos, sendo vulneráveis a "paradas repentinas" e choques de maior magnitude. "A liquidez reduzida pode produzir contágio", afirmou. 

 

(Com Agência Estado)

 

Pedido 

 

A partir de fevereiro, Bolsonaro tem 12 meses para solicitar o benefício com direito a retroatividade Depois, ele pode pedir, mas só recebe dali em diante.

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