Opção de lazer que aproxima família e casais, o cinema às vezes custa caro. O jeito é recorrer às promoções e reorganizar a agenda para os dias mais em conta. Em Fortaleza, o consumidor tem que desembolsar em média R$ 34,09 para adquirir um ingresso nos shoppings espalhados pela cidade. O valor é o terceiro mais barato do Nordeste, atrás de Maceió (R$ 30,78) e São Luís (R$ 31). O levantamento é da plataforma de descontos online Cuponation, feito com base na pesquisa internacional Business Insider.
No entanto, O POVO observou que é possível encontrar opções mais acessíveis na Cidade, com bilhetes que vão de R$ 7 a R$ 28, conforme o local e dia da semana. De segunda a quarta-feira, há um maior volume de ofertas promocionais.
Na rede Cinépolis, por exemplo, a matinê em tela 2D custa R$ 14. Mas, a partir de quinta-feira, o valor sobe para R$ 26. A cadeia de cinemas está presente nos shoppings RioMar Fortaleza, Kennedy e North Shopping Jóquei.
Já o cinema do shopping Benfica conta com os valores mais acessíveis, com preço médio de R$ 14 (2D) e R$ 20 (3D). O custo cai para R$ 10 (2D) e R$ 13 (3D) de segunda a quarta durante a baixa estação e até sexta no período de férias. Para assistir aos filmes disponíveis nas telas do Arcoplex (Aldeota e Del Paseo), o consumidor precisa desembolsar R$ 26 nos dias de segunda, terça e quinta-feira. De sexta a domingo, incluindo feriados, o ingresso sobe para R$ 28. O melhor dia para economizar é na quarta-feira, pagando R$ 12. Os últimos sábados do mês também entram em promoção por R$ 13.
No Centerplex (Grand Shopping e Via Sul), todos pagam meia-entrada de segunda a sexta feira, exceto feriado. A inteira custa R$ 24, preço praticado aos sábados, domingos e feriados para quem não é estudante.
Nas salas da UCI, que atua nos shoppings Parangaba e Iguatemi, a segunda-feira é promocional por R$ 16. De quinta a domingo, o valor passa para R$ 25 (inteira) até às 17 horas e R$ 27 após esse horário. Para a programação em família compensa comprar o ticket família R$ 66 (dois adultos e duas crianças).
Ficar de olho na agenda é a estratégia para quem não abre mão do lazer. O jornalista Leoni Correia, 30, é cinéfilo e vai toda semana ao cinema. "O preço varia muito de acordo com o dia. Por isso, costumo, ir quando os ingressos estão mais baratos para pagar menos possível", afirma. Outro jeito que ele encontrou foi comprar o cartão fidelidade da UCI. "Vejo vantagem porque fica mais barato na quinta-feira também e tem sempre brindes, como copos exclusivos de posters dos filmes", observa.
 O economista Alex Araújo explica que recaem sobre o valor do ingresso os custos elevados das produções, operacionais do distribuidor e a divisão da bilheteria. "A grande oferta também fez com que o custo ficasse maior, os efeitos especiais, atores famosos. E a própria a vida útil dos filmes está cada vez menor, entre o lançamento dele até chegar aos serviços de streaming", diz. Ele destaca que o caminho para economizar é buscar as promoções disponíveis.
Além das grandes redes, o consumidor cearense tem alternativas interessantes como o Cineteatro São Luiz. O equipamento histórico, hoje administrado pela Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult), reabriu as portas em 2015. De lá para cá, foram 347,3 mil espectadores, o equivalente a 7,8 mil por mês. A média é de 168 pessoas por sessão, bem superior ao número nacional, de 37 pessoas por filme, segundo a Agência Nacional do Cinema (Ancine).
Em frente à Praça do Ferreira, no Centro, o Cineteatro São Luiz tem uma sala com capacidade para 1050 espectadores, sendo 666 na parte inferior e 384 na parte superior.
Já o cinema do Centro Dragão do Mar de Arte atende ao nicho de mercado que busca por filmes na contramão da indústria cinematográfica. O equipamento tem ingresso médio de R$ 14 (inteira). Às terças-feiras o valor é promocional de R$ 10 (inteira). O espaço possui duas salas com capacidade de 121 e 172 lugares. Passam por lá cerca de 2,9 mil pessoas mensalmente.