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Bolsa registra o 11º recorde do ano
Economia

Bolsa registra o 11º recorde do ano

| MERCADO | O Ibovespa encerrou com mais de 97 mil pontos
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O Ibovespa encerrou a semana ontem, já que hoje é feriado em São Paulo, com mais um recorde histórico, o 11º de 2019. Pela primeira vez, marcou mais de 97 mil pontos. Fechou na máxima aos 97.677,19 pontos em alta de 1,16%. Com esse resultado, o índice acumulou alta de 1,64% na semana e de 11,14% no ano.

O desempenho destoou do humor externo, em que autoridades internacionais veem uma deterioração das condições econômicas, sobretudo na Europa, e o investidor monitora as discussões sobre o Brexit, a persistente paralisação da administração norte-americana e também a falta de uma solução definitiva para a guerra comercial entre os gigantes China e EUA.

Prevaleceu no mercado acionário doméstico o otimismo em relação à agenda de reformas do governo, depois das sinalizações feitas pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), em Davos (Suíça), durante o Fórum Econômico Mundial.

Ontem, Guedes indicou que a inclusão dos militares na reforma da Previdência será simultânea à das mudanças gerais que o governo pretende entregar logo no início do ano legislativo.

O nível entre 95 mil e 97 mil pontos aumenta a sensibilidade para uma alguma correção do índice. "Nesse nível, pelos indicadores gráficos, e apesar de ainda estar subindo, começa a se observar um enfraquecimento da força compradora. A Bolsa vai ficando mais sensível a notícias negativas", afirma Filipe Villegas, analista da Genial Investimentos. Isso não quer dizer que, no longo prazo, o índice passará a cair.

As casas de análise seguem firmes em prever o Ibovespa acima dos 100 mil pontos. Para o Citi, a Bolsa brasileira encerra 2019 aos 104 mil pontos.

Já o dólar teve um dia volátil no mercado. A moeda norte-americana também se fortaleceu no Exterior, sobretudo por conta da forte queda do euro após o Banco Central Europeu (BCE) alertar de riscos negativos para o crescimento da região. O dólar à vista fechou em alta de 0,23%, a R$ 3,7709. Já o dólar para fevereiro subiu 0,15%, cotado em R$ 3,7730.

Na máxima, a divisa chegou a bater em R$ 3,79, enquanto na mínima caiu a R$ 3,73. Operadores ressaltam que houve antecipações de negócios, pois o mercado em São Paulo está fechado hoje e somente haverá o segmento à vista, inclusive com definição do referencial Ptax do dia. Com isso, o volume negociado no mercado futuro subiu para US$ 19,6 bilhões, um dos maiores dos últimos dias. No segmento à vista, somou US$ 1,4 bilhão.

Para o trader e sócio fundador do Grupo Laatus, Jefferson Laatus, a participação do ministro da Economia, Paulo Guedes, no Fórum Econômico Mundial em Davos foi positiva e ajudou a fazer o dólar voltar da casa dos R$ 3,80. O ministro reforçou o compromisso em avançar com a reforma da Previdência e nesta quinta disse em entrevista que o texto pode gerar economia fiscal de até R$ 1,3 trilhão, estimativa acima do que vinha sendo comentado recentemente. (Agência Estado)

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