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Exportações têm alta de 10,7% no Ceará em 2018
Economia

Exportações têm alta de 10,7% no Ceará em 2018

| FECHAMENTO| Apesar do crescimento, o déficit da balança comercial soma US$ 205 milhões. Aço e ferro detêm a maior fatia das vendas externas cearenses
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O Ceará exportou US$ 2.327,84 em produtos em 2018, apresentando crescimento de 10,7% ante 2017 (US$ 2,1 bilhões). As importações ficaram em U$$ 2.533,34. O resultado, porém, expõe um déficit de US$ 205,5 milhões na balança comercial cearense. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior do novo Ministério da Economia.

As exportações foram impulsionadas pelos produtos semimanufaturados de ferro ou aço, somando US$ 1,35 bilhão. O valor corresponde 58% do total de vendas para outros países. Resultado que mostra a força da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) no mercado externo. Já as importações são puxadas pelo carvão (mesmo em pó, mas não aglomerados). Ao todo, foram US$ 228,02 milhões, totalizando 24% do volume importador. Seguido de trigos em grãos, com US$ 228,02 milhões (9%) e o Gás Natural Liquefeito, com US$ 210,97 milhões (8,3%). Os calçados têm a segunda maior participação na balança comercial, com US$ 248,8 milhões (11%).

Ana Karina Frota, Gerente Centro Internacional de Negócios (CIN) da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), acredita que o saldo traz confiança. "Quando a gente faz o resgate histórico do Ceará, dentro do comércio internacional, o resultado é extremamente positivo. Estamos mudando a configuração da pauta de exportação de produto cearense", diz.

Karina pondera que os produtos siderúrgicos têm impacto expressivo, mas há outras atividades em ascensão. Entre elas, a exportação de componentes utilizados em usinas de energia eólica, que aumentaram em 146,8%, fechando os US$ 63,2 milhões. Outro ponto a ser considerado, explica, é que a guerra comercial entre Estados Unidos e China, a crise no mercado argentino e o contexto político refletiram na economia brasileira e que, mesmo assim, o Ceará esteve com indicadores positivos.

Ela destaca que ainda é preciso desburocratizar o comércio internacional no Estado e intensificar ações focadas na facilidade logística. Ações como a parceira com a administradora do Porto de Roterdã (Holanda) e o hub aéreo projetam um cenário mais otimista neste aspecto.

Caucaia e Aquiraz se destacaram no Estado, entre 2017 e 2018. Caucaia teve alta de 74,2%, saltando de US$ 46,2 milhões para US$ 80,5 milhões. Aquiraz passou de US$ 31,4 milhões, em 2017, para US$ 48,4 milhões, em 2018. Um aumento de 53,8%. São Gonçalo do Amarante (US$ 1,3 bilhão), Sobral (US$ 144,5 milhões) e Fortaleza (US$ 144,2 milhões) mantêm a liderança nas vendas externas.

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