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O Banco do Nordeste do Brasil (BNB) teve um ano muito produtivo, registrando volume histórico de R$ 41,4 bilhões emprestados em 2018. Deste total, R$ 30,3 bilhões foram contratados via Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste, e o restante pelas linhas de microcréditos Crediamigo (R$ 8,7 bilhões) e Agroamigo (R$ 2,4 bilhões). Na comparação com 2017, quando a instituição financiou R$ 26,4, o volume total emprestado registrou avanço de 56%.
?Com 72,6 mil operações neste ano, o Ceará foi o terceiro estado que mais recebeu recursos oriundos do banco, atrás apenas da Bahia e Maranhão. O montante, somente pelo FNE, chegou a R$ 3,7 bilhões em 2018. Outros R$ 2,8 bilhões foram movimentados no Estado pelo Crediamigo, alta de 26%. Para o próximo ano, a meta é movimentar R$ 4 bilhões pela modalidade, o que representaria aumento de 8%. Outros R$ 2,8 bilhões emprestados no Estado pelo Crediamigo.
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"A avaliação foi bastante positiva em 2018, um ano muito desafiador. Iniciamos com uma meta muito robusta, mas existiam demandas, recursos. As taxas de juros estavam caindo, então, tínhamos todas as vantagens competitivas", disse o presidente do BNB, Romildo Rolim, ao apresentar o balanço da instituição financeira ontem.
>Pela ordem de investimentos, agricultura, pecuária, comércio, serviços e agroindústria receberam os maiores aportes em 2018. Micros e pequenos empreendedores corresponderam a R$ 2,920 bilhões do total emprestado.
A participação do BNB em grande obras de infraestrutura também foi comemorada por Romildo, que lembrou o financiamento das obras dos aeroportos de Fortaleza e Salvador, além de iniciativas voltadas às áreas de energias, abastecimento de água, saneamento básico e gás natural.
Ele também espera que o banco seja o financiador principal de obras de desenvolvimento realizas no Ceará. Citou, em especial, as mobilizações previstas no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp).
Para o Estado, o superintendente estadual do BNB no Ceará , Jorge Bagdêve, afirma que obras de infraestrutura devem ser o destaque. "Fazemos prospecções. Exitem muitas sinalizações de investimentos da parte de infraestrutura. Empresas têm interesse e já procuraram o BNB para tratar das suas operações", informa.
"O Ceará vem se programando, é bastante organizando com relação aos investimentos. E o Banco do Nordeste estará sempre presente para ser o banco financiador dessas organizações. Ao beneficiar todos os portes de clientes, contribuímos também para que as oportunidades de emprego e renda cheguem ao maior número de pessoas", destaca Rolim.
Ele também estima que o recorde de aplicações do banco deve ser traduzido em aportes de investimentos ainda maiores na Região, já que o BNB, por meio do FNE, financia em média 70% do total da obra. O restante é fruto de investimentos diversos, seja nacional ou estrangeiro.
Na reunião, Romildo Rolim também anunciou a diminuição significativa da inadimplência. A regularização de dívidas que chegou a R$ 5,4 bilhões recuperados neste ano, 136% acima da meta anual. "Trabalhamos, criamos um mecanismo de medição do nível de reclamações das operações, tanto nas agências como nas centrais de análises técnicas dos projetos, medindo a qualidade desses créditos", acrescenta.
Energia
Empresários do setor de energia eólica foram os que tomaram maior montante em empréstimos (R$ 4,6 bi) com recursos do FNE