Com o preço do botijão de gás aumentando, surgem as formas de tentar fazer um consumo mais consciente em casa. A vendedora Ângela Menezes, 48, compra o produto a cada 45 dias. Para tentar elevar a vida útil do GLP, esquenta alguns alimentos no microondas e usa o forno elétrico com mais frequência.
Já o estudante Reinaldo Menezes, 18, conta que são dez pessoas que, em casa, fazem quase todas as refeições. "O botijão dura, às vezes, menos de um mês. Aí o jeito foi a gente esquentar as coisas no microondas, por mais que no fogão fique mais gostoso. A gente fazia muito torradas no forno, agora é sempre na sanduicheira".
Para Luciano Holanda, presidente do Sincegás, o aumento dos valores nos últimos anos levou a uso consciente do produto. Holanda faz o alerta para que os consumidores comprem gás de revendedores autorizados. "Com o preço elevado, a gente tem recebido muito relato de botijão adulterado. O consumidor compra um botijão como sendo de 13 kg, e não é, é de oito, nove. Quando é envasado na distribuidora, ele passa por testes de vazamento, toda uma inspeção. Quando é adulterado, eles rompem o lacre e passam o gás de um recipiente a outro, não há nenhum teste. Isso coloca a segurança em risco".