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Problema é "resolvido" via WhatsApp de funcionários
Economia

Problema é "resolvido" via WhatsApp de funcionários

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O coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos e Similiares do Ceará (Sintect-Ce), Luís Santiago, diz que a falta de materiais ocorre em quase todas as 180 agências no Estado. "Não tem caneta, régua para a gente trabalhar. Os gestores criaram um grupo no WhatsApp para pedir envelopes e materiais emprestados", afirma.

 

"É inadmissível o cliente chegar e não ter como enviar uma encomenda, porque não tem envelope, selo código de barras. Sem materiais básicos, a gente não consegue efetuar nosso serviços. Além disso, os carteiros estão sobrecarregados, o quadro de trabalhadores está reduzido, até os pneus dos carros estão carecas", reclama.

 

Para ele, a situação de trabalho nos Correios é precária. "Chega a faltar água potável nas agências, como está ocorrendo em Milhã, no interior do Ceará", acrescenta. Luís aponta que a categoria cogita uma nova paralisação, como ocorreu em março deste ano.

 

Em 2017, os Correios fecharam 250 agências no Brasil. Eles também implantaram um Plano de Desligamento Incentivado para Aposentados (PDI) com funcionários com idade acima de 55 anos para tentar reverter o déficit R$ 2 bilhões de 2015 e 2016. Mais de cinco mil empregados aderiram à iniciativa.

 

Os Correios tiveram sua origem no Brasil, em 1663. Atualmente estão em 5.570 municípios. Por mês, a empresa entrega cerca de meio bilhão de objetos postais, em um total de 25 milhões de encomendas. No total, são 106 mil funcionários que trabalham em mais de 12 mil unidades entre agências e centros de distribuição, tratamento e logística.

 

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