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Fortaleza tem a 5ª menor inflação do País
Economia

Fortaleza tem a 5ª menor inflação do País

| Pesquisa IBGE |
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Tipo Notícia

Com uma variação de 0,28%, a Grande Fortaleza acumulou a quinta menor inflação do País em setembro. A Capital cearense ficou à frente apenas de Belo Horizonte, Recife, Aracaju e Belém. No mês anterior, em relação ao restante do Brasil, essa variação havia sofrido desaceleração de -0,28%. Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

Na Capital, o setor de energia elétrica desacelerou, acumulando -1,01%. O de combustíveis apresentou alta de 4,06% na gasolina e 7,20% no óleo diesel.

 

No acumulado do ano, o índice para Fortaleza se mantém em alta, chegando a 2,27%. Já na comparação dos últimos 12 meses, a inflação chega a 3,07%.

 

No Brasil, o IPCA chegou a uma variação de 0,48%, podendo ser considerado o maior para um mês de setembro desde 2015, quando registou 0,54%.

 

Conforme Pesquisa do IBGE, famílias brasileiras gastaram menos com vestuário (-0,02%) e comunicação (-0,07%) em setembro, os únicos dois entre nove grupos de despesas com deflação no mês.

 

Responsáveis por uma fatia de aproximadamente 43% do IPCA, os grupos alimentação e bebidas e transportes saíram de recuos de preços de 0,34% e 1,22%, respectivamente, em agosto, para altas de 0,10% e 1,69% em setembro.

 

A valorização do dólar ante o real explica algumas das pressões sobre os dois grupos, como os aumentos na gasolina e em derivados de trigo.

 

"O pão francês subiu, pode ter tido influência do câmbio por causa do trigo, que a gente importa", afirmou Fernando Gonçalves, gerente na Coordenação de Índices de Preços do IBGE.

 

Os demais grupos com altas de preços em setembro foram habitação (0,37%), artigos de residência (0,11%), saúde e cuidados pessoais (0,28%), despesas pessoais (0,38%) e educação (0,24%).

 

A conta de luz, que voltou a aumentar na passagem de agosto para setembro, também foi um dos principais fatores para pressionar a inflação no País.

 

Isso explica porque despesas das famílias com habitação subiram. Houve reajuste nas tarifas de São Luís, Belém e Vitória. Além disso, desde junho, está em vigor a bandeira tarifária vermelha patamar 2, com cobrança adicional de R$ 0,05 por kwh consumido.

 

Ainda no grupo habitação, a taxa de água e esgoto subiu 0,30%, em razão dos reajustes nas tarifas de Belém, Vitória, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Já o gás encanado ficou 0,77% mais caro, refletindo reajustes em Curitiba e no Rio de Janeiro.

 

Transportes também voltaram a pressionar as famílias em setembro. Os preços aumentaram 1,69%, após o recuo de 1,22% em agosto. "Para o grupo Transportes, foi a maior variação para o mês desde o Plano Real", observou Fernando Gonçalves, gerente na Coordenação de Índices de Preços do IBGE.

Lia Bruno/Especial para O POVO, com Agência Estado

 

ALIMENTOS

Os brasileiros pagaram mais em setembro pelas frutas (4,42%), arroz (2,16%) e pão francês (0,96%). Ficaram mais baratos cebola (-12,85%), batata-inglesa (-8,11%), leite longa vida (-5,82%), farinha de mandioca (-5,54%) e ovos (-2,15%).

 

FORA DE CASA

A alimentação fora de casa desacelerou o ritmo de alta, passando de aumento de 0,32% em agosto para avanço de 0,29% em setembro, com destaque para o lanche e a refeição fora de casa.

 

 

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