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Turista busca conexão, preço, qualidade e experiência
Economia

Turista busca conexão, preço, qualidade e experiência

Viagens. Novo perfil
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Tipo Notícia

Não é à toa que as principais tendências no turismo têm relação com a inovação. O mundo está mais conectado. Dados do Google dão que conta que, hoje, o brasileiro olha para tela do celular pelo menos 183 vezes por dia. E quando o assunto é turismo, o aparelho se tornou uma espécie de assistente pessoal. Só no ano passado, mais de 1 bilhão de pesquisas foram feitas sobre as diferentes fases de uma viagem.

 

Ao apresentar dados relacionados sobre a mudança no perfil do turista, durante o Turismo Summit 2018, a marketing insights lead da Google, Aline Prado, destacou que uma das principais lições deixadas pela entrada no mercado de negócios disruptivos, como Uber e Airbnb, é que preço menor não necessariamente significa qualidade ruim. "O consumidor ficou bem mais exigente", observa.

 

Nos critérios de busca, por exemplo, descontos continuam sendo muito relevantes, mas há um aumento significativo por locais que ofereçam bom atendimento, tenham all inclusive (comidas e bebidas incluídas nas diárias), aceitem animais, etc.

 

Também reforça que, embora hoje boa parte da venda e pós venda já seja por meio digital, o setor ainda precisa avançar no quesito oferta do destino, principalmente, daqueles que fogem do lugar comum. Atualmente, uma forte tendência entre os turistas é a busca pela experiência.

 

A criação de selfizones, áreas que já sinalizam o melhor ângulo para selfies, e de Wi-Fi livre nos espaços públicos têm sido uma forte tendência nos destinos. Isso ocorre porque o mercado está entendendo a necessidade de criar caminhos para ajudar o turista a compartilhar experiência, explica a fundadora do blog Agente no Turismo, Marta Poggi. "Ele quer estar conectado, postar nas redes sociais. O que acaba sendo bom também para promoção do destino", diz.

 

O fundador e gerente da Local Heroes, Carlos Martins, ao compartilhar boas práticas que estão impulsionando o crescimento do turismo em Portugal, explica que, embora investir em tecnologia seja necessário, um destino inteligente não se limita a isso. "Se não tiver bons produtos, não adianta. O lado analógico deve conviver em equilíbrio com a dimensão digital. É a soma dos lados que cria um destino inovador". Por isso, recomenda forte investimento em criação de atrações e eventos que garantam a atratividade o ano inteiro.

 

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