Por conta do aumento no preço dos combustíveis no Ceará, algo que vem ocorrendo em todo o Brasil, o empresário Felipe Freitas, 27, vendeu o automóvel após observar que, mesmo usando aplicativos de transporte diariamente, teria menos despesas e manteria o conforto e o padrão de vida.
"O carro dos sonhos acabou virando um pesadelo. O combustível só aumentava e os outros gastos para manter o carro também. Passei dois meses fazendo o teste para avaliar se valia a pena até decidir que era melhor vender o carro. Pois mesmo o carro parado na garagem, tem gastos como impostos, seguro e manutenção", contabiliza.
Felipe gastava em torno de R$ 500 por semana para abastecer o carro modelo 4X4, totalizando despesa mensal de R$ 2 mil. Atualmente, ele desembolsa R$ 320 por semana com aplicativos de transporte, R$ 1,2 mil por mês, uma economia de 40%.
Nos últimos oito meses, o bancário Alan Brasil, de 24 anos, resolveu alternar entre o metrô e caminhadas para cumprir a agenda da semana. "Vou de trem para o trabalho e de lá para a faculdade, andando. No fim de semana, estou começando a não usar o carro também e acabo economizando com estacionamentos", diz.
Ele vai do bairro Conjunto Esperança, em Fortaleza, ao Centro de metrô. Ao fim do expediente, o bancário segue do Centro até o Benfica a pé. Após a aula, volta para casa de trem. A remodelação do trajeto garante uma economia de R$ 270 em seu orçamento mensal. Antes, ele gastava R$ 350 para abastecer o carro. Hoje, compra R$ 80 de passagens por mês. Redução de 70%.
"Se colocar na ponta do lápis, economizo mais por causa do estacionamento. Além da economia, eu passei a andar mais, faço uma caminhada de meia hora, me livro do estresse do trânsito e leio mais livros. Estou conseguindo ler um por mês, o que antes não conseguia. O metrô também tem a questão do conforto, diferentemente do ônibus", compara.