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A atividade econômica do Estado do Ceará apresentou avanço de 0,8% de janeiro a julho de 2018, em relação a igual período de 2017, de acordo com os dados do Índice de Atividade Econômica Regional do Ceará (IBCR-CE), divulgados ontem Banco Central (BC). Em julho, a economia cearense ficou praticamente estável frente a junho, com aumento de apenas 0,09%.
Comparando julho deste ano com julho de 2017, a alta foi de 0,45%. Já nos últimos últimos 12 meses, o crescimento ficou em 1,22%.
[SAIBAMAIS]
Os percentuais dizem respeito à série sem ajustes sazonais. O índice leva em consideração a prévia do resultado oficial do Produto Interno Bruto (PIB), responsável por auxiliar o Banco Central a tomar decisões em relação a taxa básica de juros (Selic).
A atividade havia sido prejudicada em maio deste ano devido à paralisação dos caminhoneiros no Brasil. Em junho, o movimento arrefeceu e as atividades voltaram a acelerar. Já durante o mês julho, o indicador apresentou leve alta, mesmo em ritmo menor se comparado ao do mês anterior.
Na avaliação do economista Ricardo Coimbra, embora a greve dos caminhoneiros tenha gerado impactos nas exportações em todo o território nacional, ainda foi mantida a expectativa de crescimento para o Ceará. Algo que, segundo ele, pode ser explicado pela indústria, mesmo o ritmo de crescimento do setor tendo ficado mais lento.
"O Ceará é responsável por grandes indústrias. Apesar da paralisação dos caminhoneiros em maio, as exportações terrestres não foram tão impactadas. Vale lembrar, porém, que o Estado é um dos principais exportadores para a Turquia, que passa por uma crise comercial com os Estados Unidos. Temos ainda a alta do dólar em relação ao real, e o cenário político do País que está totalmente indefinido", observa.
Segundo Ricardo, o crescimento da economia cearense, embora ainda diretamente influenciada por fatores internos e externos, está ligada a esforços do governo estadual no que diz respeito à atração de empresas, principalmente, estrangeiras. Nesse contexto, ganham destaque investimentos nas áreas aeroportuária, portuária e tecnológica.
"Recentemente, por exemplo, o Governo fechou parcerias para transformar o Ceará em um dos maiores polos tecnológicos, e isso faz com que o Estado crie interesse de outros países. Ainda houve o acordo com o Governo Federal para que as águas do Rio São Francisco, por meio da transposição, cheguem a Fortaleza antes do fim do governo de Michel Temer, o que ajudará ainda mais no avanço do Ceará", acredita.
NÚMEROS
0,45%
foi o crescimento da atividade econômica do Estado em julho, ante igual mês de 2017