Não é corrida, é carona. Depois de se consolidar como aplicativo de mobilidade, o Waze aposta agora no estímulo às viagens coletivas em carros de passeio. O Waze Carpool começou a operar ontem em todo o Brasil. O app oferece aos usuários a possibilidade de pedir caronas pagando entre R$ 4 e R$ 25.
Os valores são chamados pela empresa de ajuda de custo para quem transporta. O pagamento não envolve dinheiro em espécie. É feito por meio de um cartão de crédito cadastrado. Neste primeiro mês de operação, o preço é promocional, apenas R$ 2, seja qual for o tamanho do trajeto. De todo modo, o dono do carro vai receber na proporção normal.
O serviço de caronas se propõe a aproveitar ao máximo viagens que já aconteceriam apenas com o motorista a bordo. Trechos como a ida ao trabalho e volta para casa. O Waze Carpool se posiciona como opção para ajudar motoristas e passageiros a economizar tempo e dinheiro. Fala também em redução do impacto no meio-ambiente na medida em que reduziriam frota na rua.
O serviço já estava disponível em Israel país de origem do Waze e em seis estados norte-americanos Califórnia, Texas, Washington, Massachusetts, Illinois e Nevada. O lançamento no Brasil atrasou. Desde março do ano passado havia sido previsto.
"Dirigir sozinho não precisa ser um hábito. Com Waze Carpool, nós tornamos mais fácil a carona entre usuários, enquanto tiramos alguns carros da rua. Combater o trânsito pede a colaboração de todos - usuários, órgãos municipais e empresas privadas. Sabemos que os brasileiros são os primeiros a adotar novas tecnologias. Queremos transformar os nossos usuários em apaixonados por carona", disse o CEO do Waze, Noam Bardin.
Na coletiva de imprensa, O POVO questionou o aspecto segurança. O diretor do Waze Carpool no Brasil, Douglas Tokuno, respondeu que as pessoas podem filtrar por colegas que trabalhem na mesma empresa ou buscar apenas mulheres, por exemplo.
A opção pelo uso por pessoas que trabalham na mesma empresa, aliás, é recomendada pelo Waze Carpool. Nos últimos dois meses, fizeram testes com empresas parceiras antes do lançamento nacional. Dentre as companhias das quais funcionários utilizaram o serviço, estão Petrobras Distribuidora, Natura, Magazine Luiza, Nubank e IBM.
O aplicativo oferece também a avaliação dos donos dos carros e dos caroneiros, em ranking semelhante aos adotado pelos apps de carros, como Uber e 99. Quem pega a carona pode dar notas aos motoristas e vice-versa. Também é possível ver dados como perfis em redes sociais e quilômetros rodados. Só são permitidas até duas caronas por dia. É uma forma de desestimular motoristas profissionais.
*O jornalista viajou a convite do Waze
Como funciona
Para utilizar, são necessários: o Waze, para motoristas, e o Carpool, para o carona. Disponíveis no Google Play e App Store.
É necessário se cadastrar.
O motorista escolhe a carona e o passageiro decide se aceita. O contato deve acontecer na plataforma.
A decisão de aceitar se baseia no perfil declarado do motorista. O e-mail corporativo é recomendado. Mas desempregados também podem.
Havendo problemas, as reclamações são no próprio app. É possível conversar com o motorista por chat.
O que o Waze Carpool promete
Escolha do parceiro: quem dá e quem recebe carona pode escolher seus parceiros com base no perfil, avaliação por estrelas, número de amigos em comum, e filtros customizáveis como gênero, local de trabalho, e proximidade do caminho.
Rotas otimizadas: os usuários podem utilizar as atualizações em tempo real
de tráfego do Waze.
Redução de custos: com todos os pagamentos concentrados com no app, quem pega carona paga por uma viagem mais barata, enquanto os motoristas recebem uma ajuda de custo para a gasolina (até R$ 15 por viagem).
Agendamento: é possível agendar viagens com até 5 dias de antecedência. Seria uma forma de facilitar a organização de idas e vindas do trabalho, por exemplo.