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M. Dias Branco decide tocar obras do Acquario e pode mudar projeto
Economia

M. Dias Branco decide tocar obras do Acquario e pode mudar projeto

| Após três anos parada | Grupo ficará responsável pela requalificação da área do Poço da Draga e obras do equipamento turístico. Investimento previsto é de R$ 600 milhões
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O projeto original do Acquario Ceará, concebido em 2008, poderá ser alterado. O que vai definir seu futuro são os estudos encomendados pelo Grupo M.Dias Branco, que assinou acordo de viabilidade para uma Operação Urbana Consorciada (OUC) com a Prefeitura de Fortaleza e o Governo do Estado. O objetivo é tocar as obras do equipamento, assim como a requalificação da área do Poço da Draga, na Praia de Iracema. No total, o valor do investimento é de R$ 600 milhões e ficará a cargo do grupo empresarial. 

 

"Tudo será analisado. Demos um passo importante. Teremos acesso a algumas informações que possuem caráter de confidencialidade para que cheguemos às conclusões. Só os estudos vão responder perguntas e definir (mudanças estruturais, prazo para finalização) as obras", disse Geraldo Luciano, vice-presidente de Investimentos e Controladoria da M. Dias Branco. Os estudos, segundo ele, devem ser finalizados num prazo entre 60 e 90 dias. "Concluídos, da nossa parte, começaríamos as obras o mais rápido possível". As análises documentais também definirão se o valor do investimento será mantido ou alterado.

[SAIBAMAIS] 

Em contrapartida ao investimento de R$ 600 milhões, o ente privado será responsável pela exploração imobiliária da região que envolve o Poço da Draga. "Observamos oportunidades de investimentos e achamos que possui um potencial imobiliário muito bom", avaliou. 

 

O governador do Estado, Camilo Santana (PT), presente na assinatura do acordo no Palácio da Abolição, ressaltou em entrevista ao O POVO, que chegou a procurar outros parceiros no Exterior e no País. "A gente tinha ao longo do ano buscado parcerias com a iniciativa privada para a conclusão do Acquario. Conversamos com empresas da Europa e também aqui no Brasil. Conversamos com o Grupo M. Dias Branco e eles se interessaram pela ideia. Será um modelo de Operação Urbana Consorciada". A expectativa é que as obras sejam iniciadas até o fim do ano. Camilo também explicou que os R$ 600 milhões são uma previsão inicial. "Quem vai validar esse valor é a iniciativa privada. Concordando o Estado, a Prefeitura e o grupo, assinamos a operação consorciada. É algo que ainda será acordado", disse.

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Os estudos técnicos serão conduzidos com uma equipe multidisciplinar que vai avaliar os aspectos jurídicos, ambientais, turísticos e econômicos para a execução do planejamento. Até dezembro haverá a conclusão para a divulgação definitiva de cada etapa do que será feito. 

 

Questionado se o grupo empresarial também assumiria a gestão do Acquario, destaca que isso ficará a cargo do Estado. "Quem vai operar ou gerenciar, o Estado vai definir", complementa Camilo. Ele acrescenta que, com as obras no Poço da Draga, a ideia é ampliar a quantidade de equipamentos na Capital cearense, especialmente na região da Praia de Iracema, assim como fomentar o turismo.


Desde 2008

Idealizada em 2008, no primeiro mandato do ex-governador Cid Gomes, a construção foi iniciada apenas em 2011. O equipamento foi orçado inicialmente em R$ 450 milhões, dos quais cerca de R$ 138 milhões já foram consumidos. As obras estão paradas desde 2015

 

R$ 6,6 MI

 

Gastos para manter

No ano passado, o Governo do Estado enviou proposta orçada em R$ 6,6 milhões para Assembleia Legislativa do Ceará para manutenção do equipamento. O recurso também era destinado às obras de infraestrutura, além de R$ 20 mil para instalações de ativos biológicos para a obra. Em 2016, o projeto enviado à Assembleia para os gastos era da ordem de R$ 1,9 milhão.

 

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