A chamada Revolução 4.0, que trata das inovações com inteligência artificial, nanotecnologia, robótica e internet das coisas causam profundas transformações na economia. Prova disso é a restruturação dos processos produtivos e empregos. Apesar dos avanços, como na área do agronegócio, o Brasil ainda vive um passo atrás de outras nações.
Isso se deve à falta de tradição no segmento de pesquisas. É o que afirma César Sanson, pesquisador da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) na área de Sociologia do Trabalho. Ele é um dos palestrantes do Seminário Futura Trends 2018, promovido pelo Grupo de Comunicação O POVO, que será realizado amanhã, no Teatro RioMar Fortaleza.
"Há pesquisas avançadas nas áreas de biotecnologias e desenvolvimento de produtos no agronegócio. Mas nossos investimentos em pesquisa e tecnologia são reduzidos em outras áreas. Nós estamos atrasados em relação aos demais países", diz. No entanto, pegaremos "carona" com as empresas transnacionais que atuam no País.
"Entraremos nessa revolução por causa desse grupo de companhias. Muitas estão incorporando funções em seus países de origem, o que pode chegar em breve por aqui", adianta. A indústria também segue o rito de atraso. "É um setor bastante fragilizado. Esse déficit vem de duas, três décadas", complementa.
Não há caminho mais curto para reverter a situação. "Precisamos de mais linhas de pesquisa, pool de investimentos e criação de condições para institutos e universidades fazerem pesquisas, convênios de troca de tecnologia. O Estado brasileiro também pode contribuir com fundos de investimentos à área", explica.
A Revolução 4.0 também está transformando o mercado do varejo. Do pequeno comércio à grande corporação, todos estão conectados. "Não há mais opção de ficar fora dessa transformação. Quem não aproveita joga fora a sustentabilidade do negócio. É questão de sobrevivência", afirma Regiane Relva Romano, CEO da VIP-Systems Informática e coordenadora-geral do Smart Campus Facens. Uma das próximas tendências do setor é a adoção da impressão 3D. "Vai impactar no negócio e também no business como um todo", estima.
A "barreira da ignorância", explica, ainda persiste no segmento do varejo. "Quando você ignora as novas tecnologias, acaba criando empecilhos. Nossos celulares são mais potentes se comparamos com 15 anos atrás. A transformação do varejo pode começar apenas com o empresário trocando o celular, conectando-se mais, angariando novos clientes pelas redes sociais", avalia. Questionada se o custo da aplicação de novas tecnologias não causaria impacto negativo, Regiane considera importante desmistificar a questão do preço. "A falta de dinheiro não é justificativa para a falta de inovação".
SEMINÁRIO FUTURA TRENDS 2018
Onde: Teatro do Shopping RioMar Fortaleza, rua Lauro Nogueira, 1500 loja 3001 - L3/Shopping RioMar
Quando: amanhã
Horário: 13 às 19h30min
Informações e inscrições: http://seminariofuturatrends.com.br/
Saiba mais sobre o evento
Promovido pelo Grupo de Comunicação O POVO, o Seminário Futura Trends 2018 ocorre amanhã, no Teatro do Shopping RioMar Fortaleza. Na ocasião, será lançado o projeto Carreiras S/A, que inclui revista e canal digital.
O projeto contempla a edição de uma revista com seguinte conteúdo: panorama do mercado de trabalho no Ceará, contemplando principais polos empregadores, profissões em crescimento, perfil dos profissionais mais procurados; trará também conversa com os executivos de RH das principais empresas do Ceará. Prevê uma série de matérias publieditorias com palestrantes e empresas de recrutamento e seleção.
A revista será distribuída para os participantes do Futura Trends e do Digital Leads, evento a ser realizado na semana seguinte, no dia 15. Para o público, estará disponível para venda avulsa, após o lançamento, por R$ 12,90. O canal digital estreia amanhã.