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A insustentabilidade do modelo atual
Economia

A insustentabilidade do modelo atual

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Tipo Notícia

O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto de Almeida, ao tratar da insustentabilidade do modelo previdenciário atual, assinalou que o Brasil caminha para ter, até 2060, a mesma estrutura demográfica do Japão - país que tem a maior proporção de idosos do mundo -, com a diferença que já gasta mais com a Previdência Social.

 

"O Brasil não será mais um país jovem nos próximos 30 ou 40 anos. Os países crescem menos quando ficam velhos", frisou o secretário do Tesouro, acrescentando que o risco será "muito grande" se o País não chegar a consenso nem em relação à proposta de idade mínima de aposentadoria de 65 anos, com período de transição de duas décadas.

 

Mansueto observou que, se hoje entre sete e oito trabalhadores sustentam os pagamentos de aposentados com mais de 65 anos, em 2060, essa relação vai cair para dois brasileiros na ativa a cada aposentado. "Essas duas pessoas terão que produzir o que hoje é produzido por sete."

 

O secretário citou o aumento de gastos, mais do que a redução das receitas, como a principal origem do buraco nas contas públicas do País. E, embora não tenha citado nomes, fez críticas a decisões de governos passados, como o isolamento comercial e o programa de financiamento estudantil, o Fies, que, conforme Mansueto, entrega ao Governo Federal uma conta, referente à inadimplência dos alunos, de R$ 5 bilhões por ano.

 

Após reduzir os investimentos públicos pela metade para dar espaço a outras despesas no Orçamento - que agora tem um limite aos gastos públicos -, o setor público, pontuou o secretário, não conseguirá fazer nenhum investimento se não promover ajustes estruturais que atinjam gastos obrigatórios, caso da Previdência.

Agência Estado

 

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