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Juros para produtores rurais caem até 45,9%
Economia

Juros para produtores rurais caem até 45,9%

| BNB | Com a mudança no cálculo, o crédito rural passa a ter juros que variam de 4,96% ao ano a 5,91% ao ano
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A mudança na base de cálculo das operações de crédito com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) entrou em vigor em fevereiro e passa a valer a partir deste mês também para os créditos rurais. Na prática, a medida deixou os juros do Banco do Nordeste (BNB) até 40% baratos que as demais taxas de financiamento do mercado. Agora, juros pré-fixados rurais passam a variar de 4,96% ao ano a 5,91% ao ano (considerando bônus de adimplência), segundo porte e finalidade do crédito.


A melhora na política de crédito, no entanto, será mais sentida pelos grandes produtores e suas cooperativas, já que os encargos financeiros integrais para custeio e comercialização, por exemplo, passará de 11,35% ao ano para 6,14% ao ano. Redução de 45,9%. Os médios produtores sentirão um alívio nos juros de até 37,5%. Para mini, pequeno e pequeno-médio produtor, estas mesmas taxas caem de 7,82% ao ano para 5,5%, uma queda de 29,66%.


A medida foi aprovada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e beneficia produtores rurais de todo o Nordeste e norte de Minas Gerais e do Espírito Santo. A mudança também permite contratação de operações de crédito rurais com taxas pós-fixadas, ficando a cargo do produtor a opção pela alternativa mais vantajosa. Neste caso, os juros pós-fixados deverão ser disponibilizados pelo BNB em até 90 dias.

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Em 2017, dos R$ 16 bilhões de FNE em operações contratadas no Nordeste, 40% foi para o agronegócio. Ou seja, pouco mais de R$ 6,4 bilhões. Neste ano, a meta é chegar a R$ 8 bilhões. Destes, algo em torno de R$ 1 bilhão no Ceará.


“No ano passado nós tínhamos R$ 27 bilhões e fizemos R$ 16 bilhões, mas neste ano o desafio é fazer todo o orçamento e acredito que vamos conseguir porque estamos em um ano mais promissor, temos taxas bem mais atrativas que no ano passado, as chuvas também estão contribuindo para o calendário agrícola”, afirma o presidente do BNB, Romildo Rolim, em entrevista ao O POVO, após participação no programa O POVO Economia, na rádio O POVO/CBN.


As regras de crédito pelo Programa Nacional de Financiamento da Agricultura Familiar (Pronaf) também sofreram alterações. A renda máxima de enquadramento no Pronaf subiu R$ 360 mil para R$ 415 mil. E as operações passaram a incluir financiamento de motocicletas adaptadas às atividades rurais.


As agroindústrias também podem financiar, para uso próprio, tecnologias de energia renovável, como o uso de energia solar, biomassa, energia eólica, miniusinas de biocombustíveis, além da substituição de tecnologia de combustível fóssil por renovável nos equipamentos e máquinas de uso na agroindústria.


E o Programa de Garantia de Preços para a Agricultura Familiar (PGPAF) terá novos preços garantidores que servirão de base para concessão do bônus de desconto do PGPAF e que também passam a vigorar de 1º de julho de 2018 a 30 de junho de 2019.

 

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