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Preço médio das passagens aéreas tem alta de 5,7% no Estado
Economia

Preço médio das passagens aéreas tem alta de 5,7% no Estado

| UM ANO APÓS COBRANÇA DE BAGAGENS | Este não é o único aumento sentido pelo consumidor. Valor para despacho de bagagens já fica até 67% mais caro
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Neste mês, faz um ano que as companhias aéreas começaram a cobrar pelo despacho de bagagens. Porém, a promessa de mais economia ao consumidor ainda não deslanchou. O preço médio das passagens aéreas praticados pelas companhias em voos do Ceará para outros destinos, de janeiro até fevereiro deste ano, dado mais recente disponibilizado pela Agência Nacional de Aviação (Anac), por exemplo, é de R$ 411,89. Alta de 5,7% em relação à média praticada em igual período de 2017. O valor para despachar a mala também subiu e pode custar até 67% a mais do que o cobrado em 2017.


É o caso, por exemplo, da Azul Linhas Aéreas. A companhia, a primeira a aderir às novas regras da Anac e lançar tarifas promocionais que não previam despacho de bagagens, oferecia, em 1º de junho de 2017, a opção de contratar o serviço à parte por R$ 30 para quem comprasse pelo site, call center ou aplicativo. Em agosto, a tarifa foi reajustada para R$ 40 e, desde janeiro deste ano, custa a partir de R$ 50. O valor da taxa no aeroporto não foi alterado e continua sendo de R$ 60 por peça.

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Todas as demais companhias, com exceção da Gol, também começaram cobrando R$ 30 pela primeira mala despachada e depois reajustaram seus preços. Na Latam, por exemplo, o serviço sai a partir de R$ 40 se contratado com antecedência de mais de 3 horas e R$ 80 se solicitada em prazo inferior. Alta de 33,3%. Também foram estabelecidas faixas de valores para a segunda e terceira mala. Por outro lado, já não há mais diferenciação de preço em relação ao momento e local da contratação do serviço.


Na Avianca, o aumento também foi de R$ 10, saindo dos R$ 30 iniciais para R$ 40 na primeira mala de 23 kg. Já a taxa da inclusão de bagagens após o prazo de seis horas antes do horário do voo subiu de R$ 60 para R$ 80 na peça inicial.

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Essa alta das passagens aconteceu em um momento de baixa da inflação no País (2,86%). O preço médio dos bilhetes aéreos em 2018, no Ceará, descontada a inflação, é superior a do País (R$ 363,34). Porém, a evolução do reajuste é menor, já que nacionalmente o produto encareceu 6,1%, no comparativo janeiro-fevereiro de 2018 com igual período de 2017. No Nordeste, a tarifa média real é de R$ 427,83 neste ano. Em torno de 1,6% a mais ante iguais meses do ano passado.


A Anac pondera, no entanto, que qualquer avaliação relacionada ao fim da franquia das bagagens e oscilação de preços ainda é prematura e que a própria resolução nº 400 estabeleceu um período de cinco anos para fazer uma comparação mais robusta dos dados. “O contexto das diversas variáveis que influenciam todo o mercado e a economia em geral, dentro de um período, pode ser bastante diferente do outro período que se quer comparar. Não se pode esperar que a diferença de preços seja explicada por um único fator isoladamente”.


A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) reforça que não é possível relacionar variações de preços somente às regras de transporte de bagagens. “Combustível e câmbio, que estão disparando conjuntamente como há muito não se via, são elementos de custo importantíssimos e que influenciam muito mais fortemente os bilhetes”.


De acordo com a Abear, só o combustível de aviação (QAV), derivado do petróleo, responde sozinho por cerca de 30% dos custos operacionais das companhias aéreas. “Na prática, nos últimos 12 meses, o petróleo teve alta de quase 45% (trazendo junto os preços do QAV), enquanto o dólar subiu mais de 13%”.

 

OUTROS FATORES PARA AUMENTO

O preço das passagens aéreas também é influenciado por outros fatores. Combustível e câmbio, por exemplo, impacto no valor final que o consumidor vai pagar pelo bilhete aéreo.
 
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