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Consórcio inabilitado para obra do metrô apresenta recurso
Economia

Consórcio inabilitado para obra do metrô apresenta recurso

| LINHA LESTE | A alegação das empresas Ferreira Guedes e Sacyr é que os termos da licitação foram cumpridos
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Tipo Notícia
O único consórcio a participar da licitação para realizar as obras físicas da Linha Leste do Metrô de Fortaleza, formado pelas empresas Ferreira Guedes e a espanhola Sacyr, apresentou recurso após ser inabilitada do certame e aguarda resposta da Procuradoria Geral do Estado (PGE) para poder continuar na licitação.

 

No último dia 22 de maio, as companhias foram inabilitadas, segundo documento da PGE, porque não apresentaram documento que comprova autorização para funcionamento da estrangeira no Brasil.


Porém, em nota ao O POVO, o consórcio afirma que o entendimento é que não havia obrigação de entrega de Decreto da empresa Sacyr no Brasil. E complementa que “o edital no item 3.2.1.2 permitia a participação de empresas estrangeiras, na forma do parágrafo 4º do artigo 32, da Lei 8.666, fato que, inclusive, ocorreu na licitação passada da mesma obra”.


Como foi apresentado recurso, aguarda-se resposta à interposição para continuidade do certame, cuja obra está parada desde 2015 e já passou por dois consórcios desde outubro de 2013, quando da primeira contratação.


A formação inicial para as obras, há três anos, foi entre a empresa espanhola Acciona e a paulista Cetenco, que rescindiu o contrato por alegar falta de pagamento. A segunda foi Acciona e Marquise, cujo negócio foi finalizado unilateralmente pela Secretaria da Infraestrutura do Estado (Seinfra).


Atualmente, há duas licitações para a Linha Leste. Serão quatro ao todo. O primeiro, orçado em R$ 1,7 bilhão, refere-se à implantação das obras civis e sistemas de alimentação de energia elétrica, telecomunicações, sinalização e controle, bilhetagem, ventilação e equipamentos de oficina, cujo andamento está no aguardo da resposta ao recurso do consórcio Ferreira Guedes e Sacyr.

 

O segundo, de R$ 6,5 milhões, teve a procura de dez empresas interessadas em concluir os shafts, que são as entradas por onde as máquinas tuneladoras (tatuzões) começarão o trabalho de escavação dos túneis.


Das dez empresas, sete foram habilitadas. As companhias que permanecem para a disputa da licitação são a Construtora Cetro, Construtora Morais Vasconcelos, Construtora Platô, Edcon Comércio e Construções, Forteks Engenharia e Serviços Especiais, Lomacon Locação e Construção e Lumali Engenharia. CG Construções, Engexata Engenharia e JBM Construções foram inabilitadas do processo.


Dentre as causas de duas delas estavam ausência de documentos exigidos no edital. Outra não havia apresentado certidão da Dívida Ativa da União e Contribuição Federais. No momento, esta licitação está na fase recursal.

 

ANDAMENTO


COMO ESTÃO OS PROJETOS

 

O EDITAL da Linha Leste foi bastante questionado. Foram oito impugnações e mais de 700 pedidos de esclarecimentos resolvidos.

LÚCIO GOMES, titular da Seinfra, afirma que aguarda resposta da PGE para poder se pronunciar sobre a Linha Leste do Metrô de Fortaleza. Questionado sobre o Aeroporto de Sobral, ele diz que a economia não está aquecida e vai ser difícil encontrar parceiro para o projeto. 

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