Adequações no projeto da roda-gigante do espigão da João Cordeiro, em Fortaleza, devem aumentar em 25% os custos da construção da estrutura. A AmuseBR, empresa que elabora o estudo de viabilidade econômico-financeira do equipamento, pediu prorrogação da entrega do documento devido ao maior detalhamento da área onde será fixada a atração. A entrega está prevista para 29 de junho.
“Como tivemos o molhe construído tempos atrás, precisamos adaptar as estruturas, o que nos obrigou a ter maior estudo e definição técnica de engenharia”, explica Charlles Nogueira, CEO da AmuseBR. O molhe a que se refere o gestor consiste na estrutura do espigão, que se estende até o mar.
Segundo Charlles, a empresa não tinha as informações técnicas do que havia sido realizado de obra no local onde será implantada a roda-gigante. “Precisamos aumentar a estrutura em 22 mil m² e criou-se novo estudo para a construção, estrutura e como entram e saem os equipamentos”. As mudanças irão aumentar em pelo menos 25% o custo do projeto, prevê.
Orçada inicialmente em R$ 120 milhões, a roda-gigante seria inaugurada no Réveillon de 2019/2020. Com as alterações, as obras devem iniciar até abril de 2019, com conclusão em junho de 2020. “Está tudo absolutamente correndo com a mais perfeita ordem. Já temos todas as soluções técnicas e de engenharia”, reforça Charlles. Questionado sobre o valor do ingresso da atração, o gestor diz que ainda é cedo para esta definição.
Régis Medeiros, titular da Secretaria do Turismo de Fortaleza (Setfor), explica que o ideal seria ter o equipamento pronto no Revéillon de 2019/2020, porém, a complexidade da obra requer uma análise mais aprofundada. Antes mesmo do pedido de adiamento por parte da AmuseBR, o secretário conta que os prazos já tinham sido revistos e se sabia que não seria possível a entrega no fim do próximo ano.
“Todo o tempo que se perde na estrutura, ganha-se lá na frente. O bom estudo evita muitos problema futuros. É importante que seja bem feito e de maneira criteriosa”, pondera o secretário. O equipamento virá ao tempo da entrega da reforma da
Beira-Mar e do polo gastronômico da Varjota. “Estamos na torcida para que a gente possa executar esse grande equipamento, que vai ser grande ícone para a Cidade, acompanhando tudo que está vindo”, complementa Régis.
Quanto ao aumento de 25% nos custos de construção da roda-gigante, ele lembra que o investimento virá de capital privado e, mesmo sendo importante buscar o menor custo, precisa ser projeto exequível.
Conforme O POVO adiantou, com exclusividade, em 26 de março deste ano, a AmuseBR foi a empresa escolhida para a elaboração do projeto da roda-gigante para a Praia de Iracema e é uma das interessadas também na execução da obra. A companhia está sediada na cidade de São Paulo, no bairro Jardim Paulistano.
Cristina Fontenele
MAIS DETALHES
SOBRE O EQUIPAMENTO
1.024 pessoas é a capacidade máxima da roda-gigante.
Cada cabine caberá 32 pessoas.
A volta na roda-gigante deve durar de 28 a 32 minutos.
A London Eye, por exemplo, dura 28 minutos.