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População desocupada do Brasil soma 13,4 milhões até abril deste ano
Economia

População desocupada do Brasil soma 13,4 milhões até abril deste ano

| IBGE | Em um ano, 635 mil pessoas deixaram a condição de desempregado. Mas no trimestre encerrado em janeiro, houve alta de 5,7% nesse contingente
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A população desocupada no Brasil somou 13,413 milhões de pessoas no trimestre encerrado em abril, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).


Em um ano, houve queda de 4,5%, ou seja, 635 mil pessoas deixaram a condição de desempregados. Mas em relação ao trimestre móvel encerrado em janeiro, houve alta de 5,7% nesse contingente, ou seja, 723 mil pessoas passaram a engrossar a fila do desemprego.


A população ocupada ficou em 90,733 milhões de pessoas no trimestre móvel até abril, 1,7% acima de igual período de 2017. Com isso, o nível de ocupação ficou em 53,6%, queda de 0,6 ponto porcentual ante o trimestre móvel imediatamente anterior, mas alta de 0,4 ponto na comparação com igual período de 2017.


A força de trabalho somou 104,1 milhões de pessoas de fevereiro a abril. O contingente permaneceu estável quando comparado com o trimestre de novembro de 2017 a janeiro de 2018. Frente a igual trimestre do ano anterior, houve expansão de 0,8% (mais 860 mil pessoas).


Já o contingente de empregados com carteira assinada no setor privado no trimestre encerrado em abril, de 32,729 milhões de pessoas, é o menor da série histórica da Pnad Contínua, iniciada em 2012. Esse recorde negativo foi renovado, pois já havia sido atingido no trimestre até março.


Segundo Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os dados divulgados mais cedo mostram “falta de força” do mercado de trabalho.


O pesquisador destacou que o contingente de trabalhadores com carteira assinada vem caindo desde 2014. De lá para cá, cerca de 4 milhões de postos formais foram perdidos.


Já na indústria, o número de empregados no trimestre móvel até abriu recuou 2,6%. Os piores desempenhos setoriais ficaram com a construção civil (queda de 2,7% no total de empregados, com 185 mil postos a menos) e o comércio (queda de 2,5% no total de empregados, com 439 mil postos a menos).


Para Azeredo, as demissões no comércio têm um componente sazonal, já que a atividade costuma contratar muitos temporários. Ainda assim, com a saída de janeiro e a entrada de abril no trimestre móvel, seria de se esperar um desempenho melhor. “Tem um componente sazonal, mas já era para estar reagindo. Entra o mês de abril e o comércio continua em queda”, afirmou.

Agência Estado

 

 

NÚMEROS


4,5%

Foi o percentual de queda no número de pessoas que saíram da condição desemprego.

 

723

MIL pessoas passaram a engrossar a fila do desemprego no trimestre até janeiro.

 

90,73

MILHÕES de pessoas correspondem à população ocupada no trimestre até abril.

 

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